Retrospectiva 2020: Rodrigo Toffolo

Rodrigo Toffolo, diretor e regente da Orquestra Ouro Preto

“O ano da Orquestra Ouro Preto começou a todo vapor com a gravação, ao vivo, na Casa da Música do Porto (Portugal), de nosso mais novo trabalho em parceria com Alceu Valença – fruto, também, do processo de internacionalização de nossa marca (que continuará em 2021). Foi uma viagem especial no ano em que completamos nosso 20º aniversário.

Quando começávamos as celebrações, fomos surpreendidos pela pandemia e suspendemos todos os concertos. Um ar de tristeza se fez presente no meio das montanhas de Minas. Em um primeiro momento, focamos os trabalhos em dois eixos tão fortes quanto o grupo profissional: o Núcleo de Apoio a Bandas, braço social, e a Academia Orquestra Ouro Preto, nosso Núcleo Educacional. A primeira surpresa foi que, em plena pandemia, conseguimos ampliar (sim, ampliar), e nossos 28 jovens da Academia se tornaram 42, com bolsas integrais pagas durante todo o período, mediante aulas on-line para cumprir nosso calendário pedagógico. Já o Núcleo de Apoio a Bandas, presente em Fortaleza, Rio Grande do Norte, Espírito Santo e sete cidades em Minas Gerias seguiu os mesmos passos, e o mundo virtual aproximou essas distâncias geograficamente tão longínquas.

No segundo semestre, voltamos a nos apresentar através da transmissão on-line de concertos com nosso grupo principal, consolidando cada dia mais essa marca, que obteve números expressivos em seus concertos, com um crescimento exponencial de visualizações de vídeos no Youtube e engajamento recorde nas mídias sociais.

Apesar dos pesares, o saldo foi positivo e, agora, o grande desafio bate a nossa porta: por mais importante que estas ferramentas virtuais sejam, nada substituirá as apresentações ao vivo. E é este o caminho que pensamos para 2021: retornar às salas de concertos, praças públicas e teatros de todo Brasil, levando a todos a excelência a versatilidade da Orquestra Ouro Preto.”