Coral Paulistano e Coro da Osesp se unem para concerto pelo Dia de Finados

Em uma celebração ao Dia de Finados, o Coral Paulistano ao lado do Coro da OSESP, com regência de Maíra Ferreira e Thomas Blunt, apresenta dois concertos. No dia 2, domingo, às 15h, no Mosteiro São Bento, com entrada gratuita. Já no dia 9, domingo, apresentação é na Sala São Paulo.

O repertório terá Spem in Alium, de Thomas Tallis, Regina Coeli, de Cecilia McDowell, Turn our Captivity, de Dobrinka Tabakova, e Messe pour double choeur a cappella, de Frank Martin. 

A obra de Tallis, para quarenta vozes, é tida como uma das mais importantes peças da música britânica. Já em sua Turn our Captivity, Tabakova presta homenagem a Byrd, em um diálogo com a tradição coral inglesa pré e pós-Reforma. 

"Criar arranjos complementares traz consigo uma série de vantagens e desafios, especialmente se a obra original for de um dos maiores compositores da Renascença e mestre da polifonia. Encontrar uma abordagem distinta, porém complementar, para a composição original é sempre um processo longo. No fim, optei por uma textura distintamente homofônica, para contrastar com a polifonia em camadas dos requintados arranjos de Byrd”, explica Tabakova em seu site.

Frank Martin guardou em sua gaveta por anos a Messe pour double choeur a cappella. Dizia que a ele bastava ter escrito a obra e que ela deveria ficar entre ele e Deus. Até que, nos anos 1970, a missa enfim ganhou vida nos palcos.

“A primeira impressão que se tem da Missa é a de uma homenagem à polifonia vocal do Renascimento. Isso não surpreende, visto que muitas composições ilustres da Missa – de Josquin a Palestrina – datam desse período. A conexão fica clara pela abordagem a cappella de Martin, pela técnica de imitação, pelo tratamento meticuloso do texto e, particularmente, pela fluidez dos movimentos, sem amarras métricas”, escreve Michel Khalifa, especialista na música do compositor suíço.

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