Compositor Dawid Korenchendler morre aos 72 anos

por Redação CONCERTO 15/01/2021

Morreu no Rio de Janeiro o compositor Herz Dawid Korenchendler por complicações decorrentes de uma infecção hospitalar e uma parada cardíaca, ocorrida na madrugada dessa sexta-feira. 

Korenchendler nasceu no Rio de Janeiro em 1948. Iniciou seus estudos de piano com Lúcia Branco, aperfeiçoando-se com Arnaldo Estrella. Em 1966 ingressou nos cursos de graduação em piano, composição e regência da Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro, tendo como professores Ilara Gomes Grosso, Raphael Baptista, Roberto Duarte, José Siqueira e Henrique Morelenbaum. O compositor também era pós-graduado em Educação Musical. 

Professor da Universidade do Rio de Janeiro (Unirio) desde 1977, Korenchendler recebeu vários prêmios e encomendas e teve suas obras apresentadas em diversas cidades do país. Entre as suas principais obras destacam-se o Opus 1968, para orquestra, a Sinfonia nº 1 “Sinfonia das crianças”, o Gênesis: concerto para violino e orquestra, a Abertura e a Abertura fantasia, ambas para orquestra, o Concerto para piano e pequena orquestra e Brincando com Bartók, para clarinete e cordas. [Com informações do site do Instituto Villa-Lobos da Unirio.]

Em depoimento na sua página do Facebook, o compositor Ricardo Tacuchian lamentou a morte do colega: “Conheço Dawid Korenchendler há mais de 50 anos, quando fui visitá-lo, pela primeira vez, em sua casa, no bairro do Grajaú. Neste dia ele nos brindou com um belo recital de piano, com obras de Chopin, que está em minha lembrança até hoje. Saí de sua casa convencido que aquele jovem músico, mal saído da adolescência, faria uma grande carreira como pianista. Eu me enganei. Ele dedicou toda a sua vida à educação musical e à composição. Sua obra é extensíssima e está carente de um levantamento mais detalhado, mas sei que seu catálogo de obras tem centenas de peças (mais de dez sonatas para piano e outras tantas sinfonias, além de concertos, música de câmara e para voz). Sua linguagem sempre foi neoclássica. Ele dominava a harmonia, o contraponto, a orquestração, ampliava os seus limites, mas sempre fiel à linguagem dos grandes clássicos que ele herdou e que conhecia profundamente”.

[15/01/2021-16h20 - Notícia editada para correção da data de entrada na Unirio para 1977.]

Dawid Korenchendler [reprodução / Unirio]
Dawid Korenchendler [reprodução / Unirio]

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