Cristian Budu e Gustavo Carvalho abrem novo festival de piano em Ouro Preto

À técnica impecável, o pianista Cristian Budu alia uma visão humanista a respeito da música que define seu trabalho. Ele tem investido em parcerias camerísticas que possibilitem diálogos artísticos sensíveis, além de defender a necessidade de se repensar o meio musical tendo como foco uma relação mais próxima e honesta com as pessoas. 

Todas essas ideias se juntam em seu novo projeto, o primeiro Festival de Piano Escola Saramenha Artes e Ofícios, que será realizado entre os dias 8 e 17 de julho e nos arredores de Ouro Preto, onde também ele vai desenvolver o trabalho de um novo centro de formação de pianistas, com residências que possibilitem a interação com outros núcleos da Escola Saramenha, dedicada a temas como artes plásticas, urbanismo, filosofia e teatro. 

O festival, por sua vez, oferece uma imersão em que os jovens recebem bolsas de estudos que contemplam, além de alojamento e alimentação, aulas e master classes diárias. O foco, explica Budu, está na ideia de que “toda atividade deve estimular a criatividade e o senso crítico auditivo”.

“O objetivo é que o aluno possa desenvolver as propostas que lhe são apresentadas tendo em vista tanto a necessidade de aprofundamento das capacidades musicais quanto a existência de um campo profissional em constante transformação”, complementa. Importa menos a quantidade e mais a qualidade da imersão no fazer musical, suscitando reflexões a respeito do mundo contemporâneo e do papel que a música exerce. 

A programação de concertos começa nos dias 9 e 10, com recitais conjuntos de Budu com o pianista Gustavo Carvalho. Já nos dias 16 e 17, Budu recebe diferentes convidados no palco. Há ainda dois saraus, nos dias 14 e 15.

Leia também
Notícias Show de música popular comemora 45 anos da Rádio Cultura FM de São Paulo
Notícias Cursos CLÁSSICOS on-line anunciam programação de julho
Notícias Wiebke Lehmkuhl: “Em Mahler, você precisa desconfiar das primeiras impressões”
Notícias “Em Schoenberg, há uma floresta irreconhecível, que não se controla”, diz Adriane Queiroz