Com ‘Petrushka’ e ‘Sagração’, Osesp segue com homenagem a Stravinsky

A Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo dá continuidade, com concertos hoje, dia 25, e amanhã, dia 26, ao Ciclo Stravinsky, com a interpretação dos principais balés do compositor, sob regência do maestro titular Thierry Fischer.

Hoje, será apresentado Petrushka e, amanhã, A sagração da primavera. As duas apresentações terão a presença de público e transmissão pela internet.

Em entrevista ao diretor artístico Arthur Nestrovski, publicada na Revista Osesp, o maestro fala sobre a importância das obras e de O pássaro de fogo, apresentado na semana passada pelo grupo na Sala São Paulo. 

“Considero importante ter as três obras de Stravinsky em sequência, na ordem em que foram criadas, pois elas expressam um desenvolvimento histórico da modernidade. O pássaro de fogo é bastante romântica, quase como um conto de fadas — Stravinsky tinha apenas 27 anos! Depois, Petrushka é uma música mais realista, um divisor de águas – quase como o início do expressionismo: totalmente antirromântica! E, então, A sagração da primavera, em que há mais uso do ritmo, no sentido dos ritmos telúricos. Além disso, podemos fazer um paralelo com o período atual: A Sagração foi escrita um ano antes da Primeira Guerra Mundial. É como se a criatividade musical precisasse se solidificar, para sobreviver, antes de uma guerra dramática. A pandemia, como uma guerra, nos impediu de tocar por muito tempo”, disse.

Fischer segue à frente da Osesp na próxima semana, quando interpreta outro compositor russo, Rachmaninov. Com sua Sinfonia nº 2, ele apresenta-se na Sala São Paulo e em Campos do Jordão, abrindo a programação do Festival de Inverno. 

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