Sala São Paulo retoma capacidade máxima; certificado de vacinação segue obrigatório

Com responsabilidade pública, estados e municípios enfrentam portaria equivocada e provocativa da Secretaria Especial de Cultura do governo federal 

A partir dessa semana, a Sala São Paulo volta a receber o público em sua capacidade máxima de 1.484 lugares (ou menos, de acordo com as particularidades de cada evento). A Fundação Osesp, gestora do espaço, seguirá com os protocolos de segurança adotados até agora, o que inclui a obrigatoriedade da apresentação do certificado de vacinação.

Na segunda-feira passada, dia 8, a Secretaria Especial de Cultura do governo federal havia publicado uma portaria que proibia a obrigatoriedade de comprovação de vacinação para todos os eventos que tivessem apoio da Lei Rouanet, o que inclui a Osesp e a grande maioria das orquestras e teatros do país. O ato afronta e atropela medidas de controle aprovadas nas esferas estaduais e municipais. 

A portaria gerou forte reação e levou a Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados a protocolar um Projeto de Decreto Legislativo para sustar os seus efeitos.

Hoje, em nova provocação, o secretário de Cultura do governo federal, Mario Frias, anunciou nas mídias sociais a criação de um disque-denúncia: “Precisamos da participação de cada um de vocês. A liberdade é uma conquista de todos! Não podemos aceitar a segregação com recurso público federal”.

O governo do estado de São Paulo, porém, dentro de sua incumbência e reponsabilidade para garantir a segurança pública, anunciou que todos os espaços do estado seguirão exigindo o passaporte de vacinação. Ao jornal Folha de S.Paulo, o secretário de Cultura e Economia Criativa de São Paulo, Sérgio Sá Leitão, afirmou: “O governo federal é o maior defensor do vírus da Covid-19 em nosso país. Esta medida tem o único objetivo de permitir a livre circulação do vírus em espaços culturais para que um número ainda maior de pessoas seja contaminada. Mario Frias é cúmplice do vírus e deve ser responsabilizado judicialmente por isso. Em São Paulo, seguiremos cumprindo as medidas estaduais e municipais em defesa da vida, com base na decisão do STF que dá aos estados e municípios autonomia no combate à pandemia. O governo federal defende a morte; nós, a vida”.

A Sala Cecília Meireles, no Rio de Janeiro, seguindo decreto municipal da cidade, também manterá a obrigatoriedade do passaporte de vacinação.

Leia abaixo o comunicado oficial da Fundação Osesp:

SALA SÃO PAULO VOLTA À SUA LOTAÇÃO MÁXIMA
Em conformidade com o Decreto Municipal 60.681 de 27 de outubro de 2021, que dispõe sobre a diminuição das restrições de funcionamento de estabelecimentos na cidade de São Paulo — relacionadas à Covid-19 —, a Sala São Paulo volta a receber seu público em sua capacidade máxima de acordo com as particularidades de cada evento.

Atenção!
_ Seguindo as diretrizes do Decreto acima e da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado, é obrigatória a apresentação do certificado de vacinação;
_ Considerando a portaria nº 44 da Secretaria de Cultura/Ministério do Turismo, de 5 de novembro de 2021, a Fundação Osesp disponibiliza o programa da semana no modelo virtual ao vivo, todas as sextas-feiras, às 20h;
_ O uso permanente da máscara segue obrigatório — salvo em espaços demarcados para consumo de alimentos e bebidas, onde, inclusive, o distanciamento social está mantido;
_ Os concertos continuam acontecendo sem intervalo, com duração aproximada de 1h, e a ocupação da sala de concertos é feita por ordem de chegada.

Com isso, disponibilizamos mais ingressos para a Temporada Osesp (osesp.byinti.com) e para a série Encontros Históricos na Sala São Paulo (salasaopaulo.art.br/encontros-historicos), inclusive para aqueles concertos que antes estavam esgotados. 

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