Theatro Municipal de São Paulo institui Comitê de Programação Artística

por Redação CONCERTO 30/06/2021

Comitê tem representantes da Fundação e da OS Sustenidos e não inclui nenhum músico ou artista ligado à música clássica ou à ópera

A Fundação Theatro Municipal de São Paulo publicou no Diário Oficial de sábado, dia 26 de junho, a constituição de seu novo Comitê de Governança da Programação Artística. Conforme estipulado no contrato de gestão firmado entre a fundação e a nova gestora Organização Social Sustenidos, o órgão tem membros indicados pela fundação e pela OS.

O comitê será formado, pela fundação, por Hugo Possolo (diretor geral), Bruno Palazon Imparato (diretor artístico) e Ruby Vasquez Nunes (diretora de formação); e, pela Sustenidos, por Alessandra Costa (diretora executiva), Andrea Saturnino (superintendente do Theatro Municipal) e pela produtora cultural Elisa Maria Americano Saintive. 

Não foi escolhido, para o comitê, nenhum músico ou artista ligado ao universo da ópera ou da música clássica.

A instalação do comitê de governança foi um dos pontos mais controversos do processo de chamamento que escolheu uma OS gestora para o teatro. Em tese, o modelo de gestão por OSs tem como um de seus fundamentos a autonomia da organização social, o que significa que, em que pesem as diretrizes colocadas pelo poder público, a temporada e a programação são deveres e responsabilidades da entidade privada.

Em defesa do modelo, a secretaria afirma que a participação ativa da fundação em todos os processos decisórios, como na elaboração da programação, se justifica, uma vez que a programação deve estar alinhada com a política municipal de cultura.

O Theatro Municipal de São Paulo é o principal equipamento cultural da cidade voltado para a promoção e difusão da ópera, dança e música clássica. Para isso, mantém uma orquestra sinfônica, dois coros e balé. Desde 2019, a programação também passou a incluir outras manifestações artísticas, como o teatro, de acordo como uma visão definida pela prefeitura como multicultural.

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Theatro Municipal de São Paulo [divulgação / Fabiana Stig]
Theatro Municipal de São Paulo [divulgação / Fabiana Stig]

 

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É absolutamente sem sentido essa decisão. O Teatro Municipal está sendo roubado de quem valoriza a música clássica.
Mais uma decisão idiota, de dirigentes desqualificados.

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