Arnaldo Cohen faz programa duplo com Filarmônica de Minas Gerais

por Redação CONCERTO 09/07/2022

O pianista Arnaldo Cohen é o convidado dos concertos desta semana da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, nos dias 14 e 15, na Sala Minas Gerais.

Sob a regência do diretor artístico e regente titular Fabio Mechetti, ele vai interpretar duas obras: o Concerto nº 1 de Mendelssohn e a Rapsódia sobre um tema de Paganini, de Rachmaninov. O programa tem ainda a estreia mundial de Selãh, de Igor Mais, vencedor da edição de 2019 do Festival Tinta Fresca; e a Rapsódia Espanhola de Ravel.

Escrito em 1831, o concerto foi uma das mais populares obras de Mendelssohn. Ficou conhecido o bem-humorado texto de Hector Berlioz sobre como a música, com suas belas melodias e passagens brilhantes, afetava um piano Érard, cujo criador tentava acalmá-lo:

“O piano, que está fora de si, não tem intenção de lhe dar atenção. Ele manda buscar água benta e borrifa o teclado com ela, mas em vão – prova de que não era feitiçaria, mas apenas o resultado natural de trinta execuções de um concerto. Eles tiram o teclado do instrumento – as teclas ainda estão se movendo para cima e para baixo sozinhas – e o jogam no meio do pátio próximo ao armazém. Lá, o Sr. Erard, agora em fúria, as corta com um machado. Você acha que adiantou? Só piorou as coisas. Cada peça dançou, pulou, remexeu separadamente – na calçada, entre nossas pernas, contra a parede, em todas as direções, até que o serralheiro do armazém pegou o atormentado instrumento de uma braçada e o jogou no fogo, finalmente colocando um fim nisso tudo...”

A Rapsódia sobre um tema de Paganini, por sua vez, foi inspirada pelo Capricho 24 de uma série escrita pelo virtuose do violino. A partir deste tema, Rachmaninov escreveu 24 variações para piano e orquestra, tocadas (como acontece com os movimentos do concerto de Mendelssohn) em um só fôlego, sem pausa entre elas. 

Rachmaninov não era afeito a estabelecer programas ou ideias extramusicais na hora de definir sua obra. Mas, neste caso, quando o coreógrafo Michel Fokine revelou ao compositor a ideia de escrever um balé a partir de uma de suas peças, Rachmaninov logo sugeriu a Rapsódia, oferecendo um roteiro no qual a obra seria a narrativa da própria vida de Paganini, de seu pacto com o diabo e seu amor trágico por uma mulher.

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O pianista Arnaldo Cohen [Divulgação/Yupeng Gu]
O pianista Arnaldo Cohen [Divulgação/Yupeng Gu]

 

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