Neojiba faz turnê de grande sucesso pela Europa

por Redação CONCERTO 07/06/2025

Sob direção de Ricardo Castro, orquestra realizou concertos na Áustria, Alemanha, Polônia, Itália, Holanda e França, com destacados solistas

Na terça-feira, dia 3 de junho, a Orquestra Neojiba encerrou sua nona turnê internacional com um grande concerto na Philharmonie de Paris, uma das salas mais emblemáticas do mundo. A apresentação coroou a trajetória de 18 dias, em que o grupo realizou doze concertos na Áustria, Alemanha, Polônia, Itália, Holanda e França. Todas as apresentações foram regidas pelo pianista e maestro Ricardo Castro, criador e diretor do projeto.

A turnê passou por Klagenfurt, Breslávia, Hamburgo, Wuppertal, Wiesbaden, Saarbrücken, Essen, Brescia, Bérgamo, Munique, Amsterdã e Paris, na Philharmonie, onde a Orquestra Neojiba se apresentou pela quarta vez em menos de dez anos. Segundo o comunicado da orquestra, todas as apresentações estiveram praticamente lotadas e os aplausos de pé se prolongaram por vários minutos. 

A Orquestra Neojiba executou um repertório com composições de Carlos Gomes, Ginastera, Sibelius, Copland, Bernstein, Golijov e Saint-Saëns, além de bis com obras icônicas da música brasileira como Tico-tico no fubá e Aquarela do Brasil, em arranjos escritos especialmente para a orquestra por Jamberê, um ex-integrante do grupo. “Um convite à escuta centrada no sul global, sem concessões ao entretenimento, com rigor técnico e identidade cultural”, afirma a nota do Neojiba.

A turnê contou com a participação do jovem violinista brasileiro Guido Sant’Anna, que tocou o Concerto de Sibelius em cinco ocasiões. Na sala Concertgebouw, em Amsterdã, a orquestra juntou-se pela sexta vez durante a turnê com os pianistas Lucas e Arthur Jussen, estrelas do cenário clássico europeu. E em Paris, o encerramento foi protagonizado pelas consagradas irmãs pianistas Katia e Marielle Labèque e pelo célebre ator francês Lambert Wilson, numa versão encenada do Carnaval dos animais, de Saint-Saëns.

Durante a turnê, o Neojiba também recebeu ótimas críticas da imprensa, como a do jornal Hamburger Abendblatt, da Alemanha, que destacou a expressividade, coesão e domínio técnico dos jovens músicos, ou a do Giornale di Brescia, na Itália, que descreveu o concerto como “um grande espetáculo”.

O maestro Ricardo Castro também foi o responsável direto pela concepção artística, estruturação logística e articulação internacional da turnê, que foi integralmente viabilizada por patrocínios privados e pelos produtores europeus. “O êxito da iniciativa reflete uma visão de gestão cultural estratégica, autônoma e sustentada por uma reputação construída ao longo de quase duas décadas”, diz o comunicado. 

Criado em 2007 e mantido pelo governo do Estado da Bahia, o Neojiba (Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia) é inspirado em iniciativas de inclusão social por meio da música, como o El Sistema venezuelano. Hoje o projeto está consolidado como um dos programas de promoção social e formação musical mais bem-sucedidos do país, com núcleos espalhados por diversas regiões da Bahia.

“Com esta turnê, o Neojiba não apenas representa o Brasil no exterior – ele redefine o lugar que a cultura brasileira pode ocupar no mundo: com excelência, coragem e um profundo compromisso com a justiça social”, conclui o comunicado.

Concerto da Orquestra Neojiba na Concertgebouw, em Amsterdã (divulgação, Beatriz Meneses)
Concerto da Orquestra Neojiba na Concertgebouw, em Amsterdã (divulgação, Beatriz Meneses)

 

Maestro Ricardo Castro (divulgação, Beatriz Meneses)
Maestro Ricardo Castro (divulgação, Beatriz Meneses)

 

Concerto da Orquestra Neojiba na Elbphilharmonie, em Hamburgo (divulgação, Daniel Dittus)
Concerto da Orquestra Neojiba na Elbphilharmonie, em Hamburgo (divulgação, Daniel Dittus)

 

Orquestra Neojiba na Philharmonie de Paris (divulgação, Beatriz Meneses)
Orquestra Neojiba na Philharmonie de Paris (divulgação, Beatriz Meneses)

 

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