O maestro Claudio Cruz rege a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo nesta sexta-feira, dia 14, em mais um concerto do grupo na Sala São Paulo a ser transmitido pela internet. Ainda não haverá a presença do público na plateia.
O repertório é formado pela Sinfonia inacabada de Schubert e a Sinfonia nº 4 de Beethoven. A Osesp já anunciou sua programação até o final do mês.
Na próxima semana, nos dias 21 e 22, Emmanuele Baldini rege o grupo nos concertos para piano e orquestra nº 3 e 4 de Beethoven, com solos de Eduardo Monteiro.
E, no dia 28, acontece a estreia das Cartas portuguesas, de João Guilherme Ripper, monodrama baseado nas cartas de amor de Mariana Alcoforado, freira de convento de Beja. A apresentação conta com a presença da soprano Camila Titinger como solista, com a direção cênica de Jorge Takla e regência de Roberto Tibiriçá.
Leia a seguir entrevista com o diretor artístico da Osesp Arthur Nestrovski a respeito da programação de agosto e de como a orquestra tem pensado a retomada de suas atividades.
Como foi montar a programação de agosto para a orquestra?
Estamos tentando preservar ao máximo o que já estava previsto na temporada. Mas claro que vários elementos forçosamente tiveram de ser trocados, por conta das circunstâncias. Tem de se levar em conta o tamanho possível de orquestra no palco, com as medidas de distanciamento. E artistas estrangeiros ficaram impossibilitados de vir ao Brasil. Mas, para dar alguns exemplos, a Quarta sinfonia de Beethoven, que estava programada para esta semana, será de fato tocada, com a Osesp regida por Cláudio Cruz. Na semana que vem, teremos dois programados concertos para piano de Beethoven, com Eduardo Monteiro de solista e Emmanuele Baldini regendo. E no dia 28 faremos a aguardada estreia mundial de uma ópera de câmara, de João Guilherme Ripper, com a solista Camila Titinger, encenação de Jorge Takla e regência de Roberto Tibiriçá. Tudo adaptado para essa nova dimensão de concertos transmitidos ao vivo da Sala São Paulo.
Há um desejo de, nos próximos meses, tentar manter a agenda anunciada para o ano. Como será buscado o equilíbrio entre o que foi previsto e o que é possível com as limitações colocadas pelas regras que regem o retorno das atividades?
Estamos conversando com regentes e solistas para alterar coerentemente o que for necessário. Todos os programas serão um pouco menores do que o originalmente pensado, porque não temos mais duas partes, com intervalo. E uma peça como, digamos, a suíte Romeu e Julieta de Prokofiev não será mais viável, porque exige um número maior de músicos do que agora podemos ter no palco, com segurança. Seja como for, podem ter certeza de uma coisa: vamos continuar oferecendo música para nosso público. A Osesp estará sempre presente, cumprindo sua missão de promover a cultura, e oferecendo beleza e consolo nesses tempos tão duros.
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