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O Festival Amazonas de Ópera é o destaque da edição de abril da Revista CONCERTO. O evento vai apresentar três títulos, La vorágine, de João Guilherme Ripper; La bohème, de Puccini; e As bodas de Fígaro, de Mozart. E realizar um encontro para a assinatura de convênios para fortalecer o corredor criativo que reúne teatros e instituições de estados brasileiros e países que integram a região da floresta amazônica.
“Quando falamos de cooperação, normalmente nos vem à mente é a troca de produções. Mas isso é apenas a ponta do iceberg. Na base há uma questão que nos interessa em particular nesse momento, que é a formação de mão de obra”, diz Flávia Furtado, diretora executiva do festival.
“O ecossistema da destruição da floresta tem três pontos-chave. O primeiro é a existência de um mercado internacional para a madeira e outros produtos ilegais. O segundo diz respeito aos donos dos negócios ilícitos, que lucram com a exploração. E o terceiro é a mão de obra barata, um enorme contingente de pessoas desesperadas por qualquer emprego, ainda que muitas vezes análogo à escravidão. O que um festival de ópera pode fazer para quebrar esse ciclo? Criar oportunidades nas cidades da Amazônia para essas pessoas, investir na formação de pessoal. Basta ver, por exemplo, o impacto que teve o Liceu de Artes e Ofícios Claudio Santoro em Manaus, os milhares de jovens que passaram por lá e saíram com profissão, impactando seus círculos mais próximos, suas famílias”, continua.
O compositor argentino Esteban Benzecry estreia esta semana uma nova obra encomendada pela Osesp – e, em abril, terá mais duas estreias mundiais em solo brasileiro, em apresentação do grupo São Paulo Chamber Soloists, no Teatro Cultura Artística. Na seção Em Conversa, ele fala a Irineu Franco Perpetuo sobre as obras e sua carreira. “Creio que sempre fui sincero com minha voz interior. Há 23 anos, quando estreei em Paris obras como Inti Raymi ou Colores de la Cruz del Sur, abriram-se portas para mim como uma voz diferente; a maioria dos compositores latino-americanos compunha seguindo as tendências das vanguardas europeias. Minha música, nessa época, soava exótica, original e valente. Hoje o panorama é bem mais eclético, e há muito mais liberdade para criação, o que fez surgirem outros compositores latino-americanos com essa estética.”
Em Porto Alegre, a Orquestra do Theatro São Pedro completa 40 anos com uma temporada que vai celebrar a trajetória do grupo da mesma forma que refletir sobre o futuro, como conta o maestro Evandro Matté na seção Acontece.
Nome central na nova geração da música brasileira, o violinista Guido Sant’Anna conversou com Luciana Medeiros sobre o lançamento de seu primeiro disco, no qual registra os concertos para violino de Mendelssohn e Tchaikovsky com a Osesp regida peloi maestro Thierry Fischer. “Escolhemos essas duas peças imensas, em que nenhum jovem solista pode deixar de mergulhar. Achei importante registrar esse repertório para marcar o fim de meus estudos no Brasil e, também, estabelecer um parâmetro para, no futuro, refletir sobre o período em que desenvolvi o repertório tradicional.”
Em abril, o Theatro São Pedro de São Paulo apresenta uma nova montagem da ópera Fidelio, de Beethoven. A direção cênica é de William Pereira, que falou a Amanda Queirós sobre sua concepção: “Em um momento histórico como o que vivemos, repleto de arbitrariedades, ameaças aos direitos humanos e ascensão de tiranias veladas ou explícitas, reafirmar o poder transformador da arte como resistência se torna imperativo”.
Em Fermata, Ana Cursino Guariglia conta um pouco sobre a trajetória do compositor Matheus Bitondi, que terá obra apresentada este mês pela Camerata da Orquestra Experimental de Repertório, Delírios licantrópicos de uma viola selvagem. “Penso no artista como um cronista. Retratamos o mundo em que vivemos, organizando-o numa obra de arte. Escrevo sobre o que vejo”, ele diz.
A CONCERTO de abril traz ainda os artigos dos colunistas Júlio Medaglia (sobre Maurice Ravel), Camila Fresca (sobre a compositor Unsuk Chin, que terá obra apresentada pela Osesp), João Marcos Coelho (sobre o disco da Filarmônica de Minas Gerais dedicado a obras de Ronaldo Miranda) e Jorge Coli (sobre a Ópera de Paris).
Na nova edição, você também encontra o Roteiro Musical ilustrado com a programação clássica das principais cidades do país e os principais lançamentos de CDs do mês.
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