Retrospectiva 2024: João Guilherme Ripper, compositor
“Foi um ano muito produtivo, com estreias e novos títulos no catálogo. Sinfonia de abril, encomendada pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil para a celebração dos 50 anos da Revolução dos Cravos, estreou em Lisboa com a Orquestra Metropolitana dirigida pelo maestro José Eduardo Gomes. A obra foi apresentada em seguida no Brasil em concerto da Filarmônica de Goiás com regência de Neil Thomson. Abertura Cartagena integrou o novo CD da Orquestra Sinfônica de Guarulhos com direção de Emiliano Patarra, que foi lançado na Sala São Paulo. Foi ouvida também em concerto da Filarmônica de Minas dirigido por Fabio Mechetti durante o encontro Orquestras em Pauta, organizado em Belo Horizonte pelo Fórum Brasileiro de Ópera, Dança e Música de Concerto. Devoção, ópera com libreto de André Cardoso, teve sua pré-estreia ao ar livre em julho na cidade de Congonhas (MG) para depois cumprir temporada no Palácio das Artes com elenco formado pela soprano portuguesa Carla Caramujo, além de Barbara Brasil, Matheus Pompeu, Johnny França, Savio Sperandio e do Coral Lírico e Sinfônica de Minas Gerais. Devoção contou com a direção musical de Ligia Amadio e direção cênica de Ronaldo Zero. Candinho, outra estreia do ano, subiu ao palco do Theatro Municipal do Rio de Janeiro em setembro com direção cênica de Daniel Salgado. O elenco foi formado por Erika Henriques, Ariel Castilho, Carolina Morel, Andressa Inácio, Guilherme Moreira, Fernando Lorenzo, ator Ludoviko Viana, Coral Infanto-Juvenil da UFRJ e Orquestra Sinfônica do TMRJ dirigidos por Roberto Duarte. Candinho foi encenada também em Salvador no mês de outubro pelo coro e orquestra Neojiba.
A ópera de câmara Domitila (2000) fez sua estreia na Espanha graças à coprodução da Fundação Juan March, Teatro de la Zarzuela e Teatro Mayor de Bogotá. A soprano portuguesa Ana Quintans cantou o papel da Marquesa de Santos. Nicola Beller Carbone assinou a direção cênica e Borja Mariño a direção musical. A produção espanhola segue em fevereiro de 2025 para o Teatro Mayor de Bogotá.
Coincidentemente, no mesmo mês e na mesma cidade acontecerá a estreia de La vorágine, baseada no romance seminal de José Eustasio Rivera (1889-1928). La Compañia Estable encomendou e produzirá a ópera no Teatro Colón de Bogotá como parte das comemorações do centenário da primeira edição do livro. A direção cênica será de Pedro Salazar e a direção musical será de Luiz Fernando Malheiro. A estreia brasileira está prevista para o Festival Amazonas de Ópera em abril.
Em maio, Cinco poemas de Vinícius de Moraes para soprano e orquestra será interpretada pela soprano estadunidense Tess Altiveros acompanhada pela Greenville Symphony sob a batuta de Lee Mills. A ópera Três contos rosianos, baseada em contos de Guimarães Rosa, também sobe ao palco pela primeira vez em 2025. A obra foi encomendada pela Orquestra Ouro Preto e por seu diretor Rodrigo Toffolo. Além das estreias, Candinho ganhará novas produções no Theatro São Pedro de Porto Alegre e no Theatro São Pedro de São Paulo." [Depoimento de dezembro de 2024]
[Clique aqui para ler outros depoimentos publicados na Retrospectiva 2024 da Revista CONCERTO.]
É preciso estar logado para comentar. Clique aqui para fazer seu login gratuito.
Comentários
Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não refletem a opinião da Revista CONCERTO.