Retrospectiva 2024: João Marcos Coelho, jornalista e crítico musical
“2024 será lembrado por muitos concertos e gravações admiráveis, é certo. Mas, sem dúvida, vai ser difícil esquecer uma data: 5 de abril. Naquele dia, a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) assinou com a Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) um acordo de cooperação para gestão compartilhada da Sala Minas Gerais. Fabio Mechetti e a orquestra ficaram sabendo pela imprensa local. A resposta do maestro e da orquestra foi objetiva, rapidíssima, cristalina. Mas a tragédia não se concretizou, porque a legitimação pública da orquestra e da Sala junto à população transformou o sombrio ataque numa luminosa afirmação do excepcional projeto, que só tem paralelo no projeto da nova Osesp, na década de 1990.
Osesp que, por sinal, teve uma temporada excepcional em 2024.
Ainda no nível institucional, o novo Teatro da Sociedade de Cultura Artística muda o patamar da vida musical camerística em São Paulo. Finalmente temos uma sala-modelo para espetáculos deste porte.
As últimas linhas vão para Música do Brasil, da Naxos, e o Selo Sesc, dois projetos que inovam a cada ano que passa. A primeira pelos álbuns com a música de Claudio Santoro; o segundo, por ao menos dois álbuns extraordinários: o do violonista Edelton Gloeden e Pianolatria, de Cristian Budu.” [Depoimento de dezembro de 2024]
[Clique aqui para ler outros depoimentos publicados na Retrospectiva 2024 da Revista CONCERTO.]
É preciso estar logado para comentar. Clique aqui para fazer seu login gratuito.
Comentários
Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não refletem a opinião da Revista CONCERTO.