Morreu na madrugada desta segunda-feira, dia 6, o compositor italiano Ennio Morricone. Ele estava com 91 anos. Ele sofreu uma queda na semana passada, fraturando o fêmur e havia sido internado em um hospital de Roma.
O nome de Morricone está intimamente associado à história do cinema. Autor de trilhas para filmes de diretores como Sergio Leone, ele ficou particularmente conhecido pela música de Cinema Paradiso, de Giuseppe Tornatore, e ganhou um Oscar pelo conjunto de sua carreira.
Morricone nasceu em Roma em 1928 e estudou trompete. Desde a adolescência, dedicou-se também à composição. Após se formar no conservatório da Academia Nacional de Santa Cecília, foi trabalhar em rádios e também escrevendo trilhas para peças de teatro, ao mesmo tempo em que se dedicou à experimentação sonora em projetos com artistas do Gruppo di Improvvisazione di Nuova Consonanza.
Nos anos 1950, começou a atuar no cinema, em um primeiro momento compondo trilhas como ghostwriter para outros autores, além de orquestrar peças de compositores clássicos para filmes de diretores como Michelangelo Antonioni Vittorio de Sica e Dino Risi.
Com o tempo, passou a assinar suas próprias trilhas, em filmes como A batalha de Argel, de Gillo Pontecorvo, Cinzas no Paraíso, de Terrence Malick, Os intocáveis, de Brian de Palma, e Os oito odiados, de Quentin Tarantino.
Segundo a agência de notícias Ansa, pouco antes de morrer, Morricone pediu à família para escrever algumas palavras, divulgadas após sua morte:
“Ennio Morricone está morto. Anuncio assim a todos os amigos que estiveram próximos e àqueles um pouco distantes, a quem saúdo com grande afeto. É impossível nomear todos, mas uma recordação particular vai para Peppuccio e Roberta, amigos fraternos muito presentes nos últimos anos de nossa vida. Há apenas uma razão que me faz cumprimentar todos dessa maneira e ter um funeral de forma privada: não quero dar trabalho. Saúdo com tanto afeto Ines, Laura, Sara, Enzo, Norbert, por terem compartilhado comigo e minha família grande parte da minha vida. Quero recordar com amor minhas irmãs Adriana, Maria, Franca e seus parentes e dizer o quanto as quis bem. Uma saudação plena, intensa e profunda a meus filhos Marco, Alessandra, Andrea, Giovanni, a minha nora Monica e a meus netos Francesca, Valentina, Francesco e Luca. Espero que saibam o quanto os amei. Por último, Maria (mas não a última). A ela, renovo o amor extraordinário que nos manteve juntos e o qual lamento abandonar. A ela, o mais doloroso adeus.”
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