A Orquestra Sinfônica de Minas Gerais abre o mês com concerto que marca sua estreia na Sala Minas Gerais. Com regência de Ligia Amadio, o grupo vai apresentar, no dia 10, um programa dedicado à música norte-americana. A apresentação traz ao Brasil o quarteto de saxofones Sigma, grupo espanhol dedicado à música contemporânea, que será solista no Concerto para quatro saxofones e orquestra, de Philipp Glass
O repertório segue com a presença do pianista Nahim Marum, que será o solista na Rhapsody in blue, de Gershwin, obra que celebra cem anos em 2024 e é símbolo da mistura do jazz com a música clássica [conheça mais sobre a peça na coluna de Julio Medaglia; leia aqui]. Completam o programa Um americano em Paris, também de Gershwin, e a Abertura de Candide, de Bernstein.
Antes da apresentação com a sinfônica, o grupo Sigma também toca no Palácio das Artes de Belo Horizonte na quinta, fazendo a estreia de Tambor, de Rodrigo Lima. A peça também será apresentada em concerto do grupo no dia 13, no Centro Cultural Justiça Federal, no Rio de Janeiro.
“Tambor inspira-se nesse instrumento musical como um universo de aprendizagem: existe uma espécie de enciclopédia, ou, como diz o pesquisador Luiz Antônio Simas, uma gramática do tambor, sendo possível reconhecer comunidades específicas por seus toques de tambor, explica Lima. Na própria história das escolas de samba cariocas, conta o compositor (que, diga-se de passagem, é jurado do grupo especial no quesito harmonia), sempre houve duas camadas de discurso: o enredo oficial, visível nos carros alegóricos, e outro subversivo contado pelos toques de tambor de matriz africana aludidos pela bateria. A peça explora ainda a ideia da corporeidade do ritmo, que nessas práticas tradicionais é mais sentido de maneira orgânica que intelectualizado”, escreve Júlia Tygel em texto sobre Rodrigo Lima publicado na edição de agosto da Revista CONCERTO [leia aqui; acesso exclusivo para assinantes].
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