Theatro Municipal de São Paulo apresenta ‘Réquiem de guerra’, de Britten

por Redação CONCERTO 06/06/2025

O Theatro Municipal de São Paulo apresenta hoje e amanhã, dias 6 e 7 de junho, uma das maiores obras do repertório do século XX, o Réquiem de guerra, de Benjamin Britten, encomendada em 1961 para a consagração da nova Catedral de Coventry, no condado inglês de Warwickshire, construída depois que a estrutura original do século XIV foi destruída em um bombardeio da Segunda Guerra Mundial. 

“Britten era um humanista, um pacifista, e era muito importante para ele transmitir nessa obra sua filosofia de vida e de esperança”, diz Roberto Minczuk sobre a obra em entrevista publicada na Revista CONCERTO. O maestro estará à frente da Orquestra Sinfônica Municipal, do Coro Lírico Municipal, do Coral Paulistano e do Coro Infantojuvenil da Escola Municipal de Música. Os solistas serão a soprano Natalya Romaniw, o tenor Joshua Stewart e o barítono Homero Velho.

O Réquiem de guerra foi composto no auge da Guerra Fria (sua primeira audição mundial ocorreu cinco meses antes da crise dos mísseis de Cuba) e num momento de escalada da Guerra do Vietnã. Para a estreia, em 30 de maio de 1962, o compositor pensou em um trio multinacional de solistas, justamente a fim de reforçar a universalidade da mensagem: além de Pears, o barítono alemão Dietrich Fischer-Dieskau; e a soprano russa Galina Vichnévskaia, casada com o regente e violoncelista Mstislav Rostropóvitch. As autoridades soviéticas dificultaram a saída de Vichnévskaia do país, e ela foi substituída por Heather Harper – contudo, obteve permissão para fazer a primeira gravação da peça no ano seguinte, sob a batuta do compositor. 

A partitura tem três planos sonoros. Soprano solista, grande coro e orquestra ficam com o texto litúrgico da missa em latim. O tenor e o barítono são dois soldados que cantam os poemas de Owen com acompanhamento de uma orquestra de câmara. E há ainda um coro infantil que, combinado com o órgão, produz uma sonoridade evocativa do celestial. “Há momentos de grandiosidade mahleriana e outros em que três instrumentos tocam”, sintetiza o regente. 

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Roberto Minczuk, Orquestra Sinfônica Municipal e Coro Lírico [Divulgação/Larissa Paz]
Roberto Minczuk, Orquestra Sinfônica Municipal e Coro Lírico [Divulgação/Larissa Paz]

 

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