Ópera de Henrique Alves de Mesquita é encenada em Juiz de Fora

por Redação CONCERTO 30/10/2024

O Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga abre na sexta-feira, dia 1º, sua 35ª edição com uma montagem da ópera Uma noite no castelo, de Henrique Alves de Mesquita. A produção vai reunir músicos da Orquestra Acadêmica da Universidade Federal de Juiz de Fora e da Orquestra Sinfônica da UFRJ, sob o comando de Victor Cassemiro. 

Uma noite no castelo foi composta com base no libreto do autor francês Paul de Kock (1794-1871). A estreia aconteceu em 1870, no Teatro Lírico Francês, antigo Teatro Alcazar do Rio de Janeiro. A produção em Juiz de Fora marca o retorno ao palco após 60 anos e é uma parceria com a Escola de Música da UFRJ, Fundação José Bonifácio, Projeto Sinos, Projeto Ópera, Arte de Toda Gente e Funarte.

“O ‘Diário do Rio de Janeiro’, jornal de então, publicou que Mesquita foi ovacionado e condecorando como um dos mais engenhosos compositores nacionais. Considerou a música bela, fresca, original e digna de todo respeito e louvor”, conta Cassemiro, que fez do compositor o personagem tema de sua dissertação de mestrado na UFRJ, sob orientação de André Cardoso.

A trama se dá em um castelo francês, para onde o Conde, que vivia esbanjando sua fortuna em Paris, retorna a fim de cumprir o último desejo de sua mãe, pagando o dote do casamento de Colette, uma bela aldeã querida pela condessa. Jerôme, o marido de Colette, não está presente e Mathurine, mãe de Colette, coloca Alain, primo da jovem, para fingir ser o marido. 

Os aldeões ajudam a enganar o conde, e Jerôme retorna e aceita se passar pelo primo para receber o dote. O clímax ocorre quando Dubois ouve uma conversa entre o verdadeiro casal e, confundido, acredita que Colette está traindo Alain com Jerôme. Ele então convence o Conde, que já estava se apaixonando por Colette, a vingar a suposta traição.

O espetáculo tem no elenco Tamara Medeiros, Alexandre Pereira, Elmir Santos, Tâmara Lessa, Josuan Vicenzi e Caiho Carrara, entre outros. A direção cênica e a iluminação estão a cargo de Marcos Marinho.

O compositor Henrique Alves de Mesquita [Reprodução/Musica Brasilis]
O compositor Henrique Alves de Mesquita [Reprodução/Musica Brasilis]

 

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