Theatro Municipal de São Paulo anuncia sete óperas na temporada 2025

por Redação CONCERTO 09/10/2024

Temporada também terá programação sinfônica com o tema guerra e paz; Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo comemora 90 anos

O Theatro Municipal de São Paulo terá sete óperas, em seis espetáculos, em sua temporada 2025. De acordo com a direção do teatro, a programação é “um convite, através da arte e do fazer artístico, para o público se debruçar sobre questões contemporâneas como a guerra, luta, independência e libertação, as batalhas por direitos dos marginalizados e a convivência em um contexto de tantos extremismos”.

Em fevereiro, será remontada a produção de O guarani, de Carlos Gomes, concebida por Ailton Krenak e dirigida por Cibele Forjaz, estreada na temporada 2023 do Municipal. Em maio, estreia uma nova produção de Don Giovanni, de Mozart, sob o comando do ex-diretor artístico do Municipal e criador do grupo Parlapatões, Hugo Possolo. André Heller-Lopes encena em julho a dobradinha formada por Le Villi, de Puccini, e Friedenstag, de Strauss. 

Porgy and Bess, de Gershwin, será apresentada em setembro, sob direção da atriz Grace Passô. Em outubro, será a vez de Macbeth, de Verdi, com direção cênica de Elisa Ohtake. E, encerrando a temporada lírica, a ópera-ballet Les Indes Galantes, de Jean-Philippe Rameau, com direção cênica e coreografia de Bintou Dembélé, dançarina e coreógrafa reconhecida como uma das figuras pioneiras da dança hip hop na França. 

A programação de concertos da Orquestra Sinfônica Municipal terá como tema a guerra e a paz. A abertura da temporada será, nos dias 24 e 25 de janeiro, com obras de Chiquinha Gonzaga, Villa-Lobos e Carlos Gomes, entre outros. 

Em março, a orquestra se une aos músicos da Orquestra Experimental de Repertório para, sob a regência de Wagner Polistchuk, interpretar a Sinfonia Leningrado, de Dmitri Shostakovich. O concerto Clamor pela Paz será realizado em abril com a Orquestra Sinfônica Municipal e o Coral Paulistano, com obras de Beethoven, Lili Boulanger, Arnold Schoenberg, John Williams, Shostakovich e Samuel Barber. Também em abril, Priscila Bomfim rege obras de Camille Pépin, Henriette Renié e Camille Saint-Saëns. 

Roberto Minczuk rege, em junho, o Réquiem de guerra de Benjamin Britten, com a Orquestra Sinfônica Municipal, o Coro Lírico Municipal e o Coral Paulistano. No mesmo mês, Melanie Leonard comanda a sinfônica em concerto com obras de  Jessie Montgomery, Chopin e Florence Price. E Minczuk volta ao pódio, agora para reger a Sinfonia nº 3 de Mahler. 

Agosto terá apresentação do filme Alexander Nevsky, de Sergei Einsenstein, com a música de Sergei Prokofiev ao vivo. Bizet e seus contemporâneos serão tema de concerto em outubro, com a participação especial de solistas da Academia de Ópera de Paris. JoAnn Falletta assume o pódio em novembro, com Shéhérazade, de Ravel, e Scheherazade, de Rimsky-Korsakov. A temporada se encerra, em dezembro, com a Missa de Leonard Bernstein.

A programação da Orquestra Experimental de Repertório, que completa 35 anos em 2025, tem como destaques a Sinfonia nº 5 de Mahler, o Concerto triplo para ping-pong, violino e percussão, de Andy Akiho, e a estreia de uma nova composição de Alexandre Lunsqui.

Outro aniversário a ser celebrado em 2025 é o de 90 anos do Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo. Para tanto, o grupo vai apresentar obras de autores brasileiros como Clóvis Pereira, Osvaldo Lacerda, Ronaldo Miranda, Villa-Lobos, Hercules Gomes, César Guerra-Peixe, Kleberson Buzo, Alejandro Drago, Silvia Góes, Eunice Catunda, Claudio Santoro, Almeida Prado e Francisco Mignone, além de estrear uma peça encomendada à compositora Marisa Rezende. 

O Coral Paulistano, que pela primeira vez terá sua temporada na série de assinaturas, abre o ano, em fevereiro, com The Sacred Veil, de Eric Whitacre. Em maio, o coral, que é dirigido por Maíra Ferreira, homenageia o grupo Secos e Molhados. Em agosto, é a vez do programa Spirituals, com Rollo Dilworth, compositor coral americano; e do programa Cantos Franceses, com obras de compositores como Jean-Yves Daniel-Lesur, Lili Boulanger, Jean Françaix e Claude Debussy. Por fim, o concerto Novas Sonoridades será realizado em outubro, com um programa que inclui obras de compositores contemporâneos como Dobrinka Tabakova, Eric Whitacre, Francisco Coll, György Ligeti, Einojuhani Rautavaara e obras selecionadas através do edital “Música contemporânea: leituras públicas”.

O Balé da Cidade vai estrear, em março, o espetáculo Réquiem SP, a partir do Requiem de György Ligeti, com a Sinfônica Municipal e o Coral Paulistano e direção e coreografia de Alejandro Ahmed, diretor da companhia. Maio terá novas criações de Rafaela Sahyoun e Michelle Moura. Já em agosto, a companhia vai remontar duas coreografias de sucesso: Bioglomerata, de Cristian Duarte, e Fôlego, de Sahyoun.

A venda das assinaturas para a programação começa com a renovação de assinaturas. de 15/10 a 31/10; em seguida, será aberta a venda para novos assinantes, que acontece de 15/11 a 23/12. Mais informações no site do Theatro Municipal de São Paulo.

Cena da produção de 'O guarani', que abre a temporada em fevereiro [Divulgação]
Cena da produção de 'O guarani', que abre a temporada em fevereiro [Divulgação]

 

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