Retrospectiva 2023: Roberto Minczuk, maestro titular da Orquestra Sinfônica Municipal e diretor musical da New Mexico Philharmonic (EUA)
Em 2023, a temporada sinfônica do Theatro Municipal de São Paulo com a Orquestra Sinfônica Municipal foi muito colorida, rica, diversificada. Começou com a participação do grande violinista Guido Sant’Anna, de 17 anos, vencedor do Prêmio Fritz Kreisler de Viena. Guido fez aqui sua estreia no Concerto de Tchaikovsky. Outros grandes artistas que estiveram conosco foi a pianista ucraniana Anna Dmytrenko, interpretando o grandíssimo Concerto nº 2 de Prokofiev. T
Também tivemos pela primeira vez no Brasil a solista negra Michelle Cann, que fez sucesso nos EUA resgatando o Concerto para piano de Florence Price, compositora negra norte-americana do início do século XX. Além disso, a orquestra fez obras maravilhosas, como a Sexta sinfonia de Mahler e a Sinfonia Alpina de Richard Strauss, que foi tocada pela primeira vez no TMSP. Outros espetáculos incríveis foram Tosca em concerto, que contou com uma das maiores interpretes de Tosca do mundo, Carmem Giannattasio. E concertos fantásticos, como o Tributo a Maria Callas, na celebração do seu centenário, com três sopranos: Rosana Lamosa, Camila Provenzale e Eiko Senda. E a finalização da temporada em grande estilo, com a obra do paulistano Francisco Mignone, Maracatu de Chico Rei, e Carmina Burana de Carl Orff.
Nossa temporada ainda contou com a estreia latino-americana da consagrada maestra norte-americana JoAnn Falletta, que veio pela primeira vez ao Brasil para reger no TMSP. E também o maestro negro William Eddins, que veio pela primeira vez ao Brasil. Já nossa temporada de óperas se iniciou com Così fan Tutte, de Mozart, seguida por uma incrível produção da ópera O Guarani, de Carlos Gomes, que não era feita no Municipal há décadas, e numa produção deslumbrante, com a participação dos Guarani, que dividiram o palco conosco nessa linda homenagem a esse povo, primeiros habitantes da nossa terra. Seguimos com La Fanciulla del West, praticamente a primeira montagem brasileira dessa ópera, que o próprio Puccini considerava uma de suas principais óperas, aqui dirigida por Carla Camuratti. Depois seguimos com uma estreia mundial, Isolda.Tristão, de Clarice Assad, que fez um double bill com Ainadamar, de Golijov. Concluímos nossa temporada com uma belíssima produção de Pablo Maritano para O navio fantasma, que foi pela última vez montada em São Paulo em 1984, ópera grandiosíssima de Richard Wagner, seu primeiro sucesso.
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