Evento e publicação são resultados de um inédito Acordo de Cooperação Técnica firmado pelos ministérios da Cultura e da Educação e pela Fundação Itaú, com parceria da OCDE
Realizou-se na última quarta-feira, 25 de junho, em Brasília, o seminário “Experiências Internacionais que Conectam Arte, Cultura e Educação”, promovido em parceria pelo Ministério da Cultura (MinC), pelo Ministério da Educação (MEC), pela Secretaria de Educação Básica (SEB) e pela Fundação Itaú. O evento apresentou experiências e modelos da Colômbia, Alemanha e França e reuniu gestores, artistas, professores e pesquisadores do setor público e da sociedade civil. A ocasião marcou ainda o lançamento do “Relatório de Boas Práticas: Recomendações para Políticas Públicas de Arte, Cultura e Educação”, documento que reúne experiências e evidências de políticas nacionais e internacionais voltadas à integração entre arte, cultura e educação.
O relatório foi elaborado com apoio da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e é o primeiro resultado do Acordo de Cooperação Técnica firmado entre a Fundação Itaú, o Ministério da Educação, o MinC e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O documento combina pesquisas e dados empíricos internacionais, buscando evidências que possam fundamentar a implementação de políticas públicas.
Entre os dados apresentados, o relatório destaca que, a longo prazo, a educação em artes e cultura contribui para a saúde mental, o capital social e a participação cívica; que arte e cultura impulsionam o crescimento econômico e fomentam a inovação em outros setores – no Brasil, cerca de 28% dos profissionais da cultura atuam fora do setor criativo; que, nos países da OCDE, estudantes de 15 anos que participam de ao menos uma atividade artística por semana apresentaram melhores níveis de habilidades sociais e emocionais no Pisa 2022; e que escolas que integram arte e cultura ao currículo promovem maior senso de pertencimento e segurança entre os alunos – sendo essa correlação, no Brasil, ainda mais forte do que a média da OCDE.
O documento também propõe recomendações práticas, como o financiamento específico para estudantes em situação de vulnerabilidade, o apoio à implementação equitativa do currículo de artes, a criação de redes colaborativas locais e a definição de estruturas claras de governança intersetorial.
A mesa de abertura contou com a presença do secretário de Formação Artística e Cultura, Livro e Leitura do Ministério da Cultura, Fabiano Piúba; da secretária de Educação Básica do Ministério da Educação, Kátia Schweickardt; do presidente da Fundação Itaú, Eduardo Saron; e do presidente da Undime, Aléssio Costa.
O seminário teve ainda a participação de especialistas internacionais como Diana Toledo Figueroa (OCDE), Solman Yamile Díaz Ossa (DLR Projektträger – Alemanha) e Daniel Munduruku. Entre os brasileiros, contribuíram Bel Mayer, Mariangela Andrade, Fabricio Noronha, Nísia Trindade Lima, Fernando de Almeida, Luis Miguel, Raquel Franzim, Eliane Parreiras, entre outros.
O seminário foi transmitido pelo YouTube, clique aqui para acessar.
Mais informações sobre o relatório e o link para download estão disponíveis no site do Observatório do Itaú Social (clique aqui para acessar).

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