Maestro Júlio Medaglia lança livro com textos publicados na Revista CONCERTO

Ao longo dos últimos 25 anos, o maestro Júlio Medaglia compareceu mensalmente às páginas da Revista CONCERTO assinando a coluna Atrás da Pauta. E boa parte desses textos é agora reunida em livro, lançado pela editora e-galaxia.

Quem acompanha a coluna de Medaglia sabe do que se trata: são textos autorais, que revelam não apenas o conhecimento de seu autor, mas uma visão de mundo que se dá por meio da relação com a música e com as artes. 

“Nos meus 25 anos de colaboração ininterrupta à CONCERTO, tive oportunidade de publicar quase 300 artigos sobre os mais variados assuntos de interesse da movimentação musical no Brasil e internacionalmente. Na escolha e na elaboração de cada matéria a ser publicada na revista, escolhíamos, o editor Nelson Rubens Kunze e eu, os assuntos em conjunto, sempre com o melhor entendimento, mesmo quando discordávamos de algum ponto a ser abordado. Importante foram também as manifestações dos leitores – algumas elogiosas, outras críticas – que nos incentivaram ainda mais a seguir na tarefa de abordar, com objetividade e às vezes de forma crítica, os acontecimentos em torno desta sublime atividade cultural, a música de concerto em nosso país”, escreveu Medaglia sobre o livro, que traz 170 artigos, em recente coluna na revista.

“Atrás da pauta: histórias da música” está sendo lançado em formato digital. E, como indica o título, traz histórias, no plural. Afinal, o olhar de Medaglia, que é membro da Academia Paulista de Letras, nunca foi o da história oficial, mas, sim, o da história criada a partir de um olhar amplo a respeito do que é o fazer musical, como anota na apresentação o jornalista Ruy Castro:

“Júlio Medaglia, com uma batuta, é covardia. Quero vê-lo é reger palavras. Pois, neste livro, Júlio extrai música de laranjas, vinhos, araras, uma válvula de transmissor e até do balanço comercial de uma empresa. O que esperar, aliás, de um sujeito que já deu conselhos a Stanley Kubrick, bebeu com Astor Piazzolla, teve uma epifania em Parintins, musicou Grande sertão: veredas e, de calças curtas, viu o elenco do Scala de Milão sentado a uma mesa de restaurante em São Paulo?” 

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