A Orquestra Ouro Preto acaba de lançar seu novo disco, com o Concerto para dois pianos K.365, de Mozart, e a Sinfonia nº 44, de Haydn. A regência é de Rodrigo Toffolo, diretor do grupo, e o concerto contou com a participação de dois dos principais músicos brasileiros da atualidade, os pianistas Gustavo Carvalho e Cristian Budu.
Toffolo explica a escolha dos compositores pela importância que têm para o desenvolvimento da sonoridade do grupo. “Mozart e Haydn são pedras angulares da formação de uma orquestra, onde os desafios técnicos e musicais são caminhos quase que obrigatórios no desenvolvimento de um grupo artístico”, diz.
Sobre o concerto de Mozart, Budu afirma: “Mozart era essencialmente operístico, adorava o drama teatral presente na música. Essa obra carrega originalidade, arroubo, dramaticidade e teatralidade. É uma fase ainda jovem de Mozart, que começa a trazer esse lado mais dramático, com tantos humores e cenas diferentes”. Para Gustavo Carvalho, o concerto é “extremamente refinado, com diversas dificuldades camerísticas, que tem essa provocação de manter a liberdade e nunca esquecer de que era uma música feita com espírito de improviso, para ser tocada naquele momento”.
O álbum foi registrado em maio de 2021 e as sessões de gravação foram acompanhadas pelo jornalista Irineu Franco Perpetuo, que relatou o que viu em texto publicado na edição de junho daquele ano da Revista CONCERTO.
“A sintonia entre Cristian e Luiz Gustavo é impressionante. Ambos matizam seus toques de modo a timbrar os instrumentos, fazendo-os soarem como gêmeos de vozes idênticas. A mente musical deles parece se comunicar mais rápido que verbalmente, e as concepções são orgânicas e integradas”, escreveu.
Leia também
Revista CONCERTO Uma gravação histórica, por Irineu Franco Perpetuo [acesso exclusivo para assinantes]
Notícias Prepare-se: os destaques da programação da semana
Notícias Plínio Fernandes abre Série de Violão da Cultura Artística
É preciso estar logado para comentar. Clique aqui para fazer seu login gratuito.
Comentários
Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não refletem a opinião da Revista CONCERTO.