Hulda Bittencourt, fundadora da Cisne Negro Cia. de Dança, morre em São Paulo

Uma das principais figuras da dança no Brasil, Hulda tinha 87 anos

Morreu ontem, 1º de novembro, a bailarina e coreógrafa Hulda Bittencourt. Ela tinha 87 anos e sofreu um AVC. 

Hulda Bittencourt nasceu em 1934, em Santa Cruz do Rio Pardo, no interior de São Paulo. Ainda adolescente descobre a dança iniciando sua carreira de bailarina. Em 1951 conhece Maria Olenewa (1906-1965), com quem estuda por oito anos.

Hulda ministrou aulas de balé clássico em diversas escolas até criar, em 1959, o seu próprio Estúdio de Ballet Cisne Negro. Em 1971 forma-se no método de balé da Royal Academy of Dancing, que implementa em sua escola. Em 1977 funda a Cisne Negro Cia. de Dança e já em 1979 a companhia ganha o prêmio APCA na categoria Grupo de Dança Revelação.

Em 1983, a Cisne Negro estreia a apresentação do balé O quebra-nozes, de Lev Ivanov com música de Tchaikovsky, que a partir de então estabelece uma tradição com montagens anuais regulares na cidade de São Paulo. Em 1988, a companhia ganha o prêmio APCA na categoria Melhor Grupo de Dança. Sob direção de Hulda, a Cisne Negro também realizou algumas turnês internacionais por países como Inglaterra, Alemanha, Uruguai, Argentina e Estados Unidos.

Além do trabalho artístico da Companhia, Hulda também criou os projetos sociais Reciclando Sonhos e Caminhos da Arte.

Com várias premiações e condecorações, Hulda Bittencourt também recebeu, em 1996, o prêmio Bandeirante como Personalidade do Ano em Dança, por seu trabalho como diretora artística da Cisne Negro Companhia de Dança. 

Conforme informações do site da Cisne Negro, a companhia já foi assistida por um público superior a 2,5 milhões de pessoas, em aproximadamente 17 países diferentes, em um total de cerca de 4 mil apresentações.

Leia também
Notícias Cisne Negro completa 44 anos e divulga espetáculo H.U.L.D.A​​​​​​
Notícias Morre aos 77 anos o pianista brasileiro Nelson Freire​​​​​​​
Notícias Cultura Artística anuncia temporada de 2022 com dez atrações
Opinião Mauricio Kagel, a exaustão do mundo e a COP26, por Nelson Rubens Kunze
Revista CONCERTO Pianista Gabriela Montero é destaque da edição de novembro