Além da estreia de Umbó, de Leilane Teles, grupo apresentará Respiro, de Cassi Abranches, e Anthem, de Goyo Montero
Nesse próximo fim de semana, dias 16 e 17 de outubro, a São Paulo Companhia de Dança (SPCD) inaugura a Temporada de Dança 2021 do Teatro Alfa. O programa terá três obras: Umbó, estreia de Leilane Teles, Respiro, de Cassi Abranches, e Anthem, de Goyo Montero.
Idealizado por Inês Bogéa, diretora da SPCD, o programa reflete sobre temas do mundo contemporâneo, como representatividade, busca pela identidade, desafios da coletividade e o desejo de conexão de uns com os outros.
Umbó será a primeira criação original da coreógrafa baiana Leilane Teles para a São Paulo Companhia de Dança. A obra busca refletir sobre como a arte do outro reverbera em cada um, evidenciando o papel da inspiração no processo criativo.
Já Respiro, segundo a coreógrafa Cassi Abranches, “é como um intervalo do tsunami de notícias ruins que nos atingiu nos últimos tempos... e ela vem oferecer boas sensações e tocar as pessoas nesse sentido”.
Encerrando o programa, a SPCD apresenta Anthem, que conduz o público por uma reflexão sobre o processo de construção e desconstrução de identidades coletivas a partir de uma trilha original do canadense Owen Belton inspirada na composição de hinos nacionais.
As apresentações seguem os protocolos de segurança governamentais. O Teatro Alfa terá a plateia limitada a 70% de sua capacidade e os espectadores deverão apresentar o comprovante de vacinação contra a covid-19 (ao menos com a primeira dose).
Serviço
São Paulo Companhia de Dança no Teatro Alfa
Sábado dia 16 às 20h e domingo dia 17 às 18h
Clique aqui para mais detalhes no Roteiro
Ficha técnica
Umbó (estreia - 2021)
Coreografia: Leilane Teles
Músicas: Nzambi Kakala Ye Bikamazu, Muloloki e Para a Poetisa Íntima, de Tiganá Santana, e Mama Kalunga, de Tiganá Santana na voz de Virgínia Rodrigues
Figurino: Teresa Abreu
Assistência de Figurino: Priscilla Bastos
Iluminação: Gabriele Souza
Para conceber Umbó, Leilane Teles se baseia em uma premissa batizada por ela como "a criação do desejo", que fala sobre o desejo de se tornar quem se quer ser a partir de determinada referência e como isso reverbera no corpo de cada um. Nesse sentido, o ato de ser inspirado também produz inspiração, gerando um ciclo infinito. O cantor e compositor Tiganá Santana, a cantora Virginia Rodrigues e o coreógrafo Matias Santiago são o ponto de partida de Umbó, que convida o público a apreciar e reverenciar as artes e trajetórias dessas personalidades, bem como os bailarinos em cena e todos os artistas envolvidos na concepção da obra.
Respiro (2020)
Coreografia: Cassi Abranches
Trilha Sonora: Beto Villares, com participação de Siba, Érico Theobaldo, Fil Pinheiro, Mauricio Badé e Julia Valiengo
Iluminação: Gabriel Pederneiras
Figurino: Verônica Julian
Assistência de Coreografia: Filipe Bruschi
Respiro evoca uma pausa, uma folga ou simplesmente o ato de respirar. Nesta obra, a coreógrafa se inspira nas sensações de perdas e ganhos percebidas pelos bailarinos durante a pandemia e incorpora elementos que partem da plenitude da meditação e explodem em um ápice de bem-estar para suspender o presente de uma realidade, por vezes, asfixiante.
Anthem (2019)
Coreografia: Goyo Montero
Música: Owen Belton
Iluminação: Goyo Montero e Nicolas Fischtel
Figurino: Goyo Montero e Fábio Namatame
Organização: Carlos Iturrioz Mediart Producciones SL (Espanha)
Anthem é a primeira criação do espanhol Goyo Montero para uma companhia brasileira. A obra traz uma reflexão sobre o processo de construção e desconstrução de identidades coletivas. Segundo o coreógrafo: "Há ciclos que se repetem e cometemos sempre os mesmos erros, de pensar que estamos separados, que somos diferentes quando, na realidade, todo ser humano é um e, no momento em que perdemos essa unidade, os problemas começam. Este é um traço da história humana".
A trilha é do canadense Owen Belton, com quem Goyo já criou mais de nove obras. A inspiração da música vem de canções que se tornam hinos – sejam de nações, pessoas com preferências parecidas ou indivíduos de uma mesma geração. Por isso, o nome escolhido para a obra: Anthem, hino em inglês. Para Montero, "A voz humana se converte em uma canção e esta canção se converte em algo com a qual nos identificamos".
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