Cor do Arco-íris. É esse o nome que a São Paulo Companhia de Dança escolheu para batizar sua nova temporada, anunciada ontem, dia 3. O nome é inspirado no poema Receita de Ano Novo, de Carlos Drummond de Andrade. Ao todo, serão apresentadas dez obras, seis delas inéditas, divididas em seis programas distintos.
“Cor do Arco-Íris levará a Companhia a ocupar diferentes teatros da cidade com uma diversidade de programas que vão do clássico ao contemporâneo. Os programas são assinados por criadores nacionais e internacionais, com várias estreias e obras que já fazem parte do nosso repertório. Queremos que a dança da São Paulo possa fazer cada um colorir seu próprio ano com mais intensidade e movimento, especialmente neste momento em que vivemos”, diz Inês Bogéa, diretora da companhia.
A temporada começa em maio, no Theatro São Pedro, ao lado da Orquestra do Theatro sob a regência do maestro Cláudio Cruz: entre os dias 26 e 29, estreia Di, primeira criação de Miriam Druwe para o grupo, coreografia que dialoga com a obra do pintor Di Cavalcanti. O programa completa-se com Madrugada (2021), assinada por Antonio Gomes.
Na semana seguinte, de 2 a 5 de junho, também no São Pedro, sobe ao palco Desassossegos, nova criação de Henrique Rodovalho, coreógrafo residente da São Paulo Companhia de Dança. A obra celebra os 100 anos da Semana de Arte Moderna de 1922 ao reinterpretar a ideia de inovação deixada pelos modernistas. No mesmo programa, Infinitos Traçados (2021), com coreografias de Esdras Hernández Villar, Jonathan dos Santos e Monica Proença, concepção e direção cênica de William Pereira, direção musical de Ricardo Ballestero e direção de dança de Inês Bogéa.
Entre os dias 9 e 12 de junho, o Teatro Sérgio Cardoso volta a receber O lago dos cisnes, uma criação de 2018 de Mario Galizzi especialmente para a SPCD a partir do original de Marius Petipa (1818-1910) e Lev Ivanov (1834-1901). Outro balé inspirada pela música de Tchaikovski, O quebra-nozes, será apresentado em dezembro, com nova coreografia de Márcio Haydée.
Em agosto, no Teatro Alfa, a companhia faz duas estreias contemporâneas: uma criação do coreógrafo residente Stephen Shropshire, abordando o diálogo entre música e movimento, e outra assinada por Gal Martins inspirada pelas relações do ser humano com seu meio. O programa inclui ainda Odisseia (2018), de Joëlle Bouvier.
A reflexão sobre o legado da Semana de Arte Moderna de 1922 segue em setembro, agora em parceria com a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo. Na Sala São Paulo, o grupo reapresenta Di, de Miriam Druwe, e mostra nova criação de Juliana Nunes, sua primeira para a companhia, a partir das Bachianas brasileiras nº 8 de Villa-Lobos, que serão apresentadas ao vivo pelos músicos da orquestra.
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