A soprano Edna D’Oliveira e a maestra Mariana Menezes se unem à Orquestra do Theatro São Pedro hoje e domingo para um programa sinfônica que tem o ciclo Knoxville: Summer of 1915, de Samuel Barber, e a Sinfonia nº 3, de Florence Price, e Sin fronteras, de Clarice Assad.
Em seu site, Clarice Assad fala sobre a gênese de sua abertura para orquestra. “A peça emergiu de um estado de espírito utópico em que um dia me encontrei, ousando apagar linhas imaginárias que nos desconectam geográfica, cultural e moralmente: limites que a raça humana subscreveu voluntariamente durante milhares de anos”, escreve. “Mas o que aconteceria se os muros que nos separam do conhecimento mútuo não existissem? Embora esta ideia possa gerar uma grande confusão no mundo real, no domínio da música do século XXI, isto não precisa de ser assim!”, completa.
Knoxville: Summer of 1915 de Samuel Barber é uma obra evocativa, que captura a essência de uma época passada. Composta em 1947, a obra é baseada de um poema em prosa de James Agee, que reflete sobre a infância no Sul dos Estados Unidos durante o verão de 1915. Barber trabalha texturas orquestrais exuberantes a partir da atmosfera íntima e nostálgica do texto de Agee, retratando o calor de uma noite de verão e os sons de um bairro em uma mistura de alegria e melancolia.
A Sinfonia nº 3 de Florence Price foi composta em 1940 e é símbolo das diversas influências musicais de Price, que uniu formas clássicas a elementos da música afro-americana. “A Terceira sinfonia de Florence Price supera a sua antecessora sobrevivente [a Sinfonia nº 1; a partitura da segunda se perdeu] em originalidade e maturidade de concepção – e a correspondência da compositora mostra que ela tinha consciência plena de seu significado”, escreve o crítico John Michael Cooper. “Numa carta de 1940, ela afirmou que era uma obra ‘negra no carácter e na expressão’, mas que não se limitava a replicar a tradição afro-americana tal como era representada na sua Primeira sinfonia. A obra posterior, disse ela, foi ‘um corte transversal da vida e do pensamento negro atuais com sua herança daquilo que é passado, paralelo ou influenciado por conceitos dos dias atuais’. Há na peça passagens dissonantes, percussão estridente e outros dispositivos expressivos modernistas que estavam ausentes da Primeira Sinfonia, mas centrais para a música do século 20 em geral, e para grande parte da música posterior de Price.”
Veja mais detalhes no Roteiro do Site CONCERTO
Leia também
Notícias Prêmio CONCERTO 2023 anuncia finalistas; leitores podem votar pelo Site CONCERTO
Notícias Thierry Fischer é destaque da edição de dezembro da Revista CONCERTO
Notícias Pianista Mattheus Versiani, de 21 anos, vence o Prelúdio 2023, por Amanda Queirós
Opinião Abaixo as efemérides!, por João Marcos Coelho
![A soprano Edna D'Oliveira [Divulgação]](/sites/default/files/inline-images/w-edna_oliveira.jpg)
É preciso estar logado para comentar. Clique aqui para fazer seu login gratuito.
Comentários
Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não refletem a opinião da Revista CONCERTO.