A programação musical vai celebrar o Dia das Crianças, no próximo sábado, 12, com concertos e espetáculos pensados especialmente para o público infanto-juvenil.
Em Aracaju, na quarta e na sexta, a Orquestra Sinfônica de Sergipe faz concertos com música de trilhas de desenhos animados como Divertidamente, Pocahontas e A bela e a fera, sob regência de Daniel Nery. O diretor artístico e regente titular da orquestra, Guilherme Mannis, por sua vez, estará no interior de São Paulo, onde rege, na sexta, a Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas em programa com trilhas de videogames.
Em São Paulo, entre os dias 9 e 13 de outubro, o Theatro Municipal recebe o Festival Internacional Big Bang, que também terá apresentações no Conservatório de Tatuí. A curadoria é de Nelson Soares, integrante do duo mineiro O Grivo, e de Wouter van Looy, artista belga criador do festival e diretor da Zonzo Compagnie.
“O Big Bang traz uma concepção diferente do que é 'música para crianças', sem subestimar a capacidade de compreensão deste público. Aqui não existe didatismo, mas sim um convite à escuta ativa e à exploração do espaço com suas diferentes atmosferas sonoras”, diz a diretora executiva da Sustenidos, Alessandra Costa.
Na sexta e no domingo, na Sala Cecília Meireles, no Rio de Janeiro, a Orquestra Petrobras Sinfônica apresenta o espetáculo A magia da arca sinfônica, com a Arca sinfônica de Vinicius de Moraes. Felipe Prazeres rege as apresentações, que têm ainda os cantores Juliana Franco e Raphael Rossatto. Os arranjos são de Mateus Freire.
De 11 a 15 de outubro, o Balé do Teatro Guaíra e a Sinfônica do Paraná vão apresentar o espetáculo Lendas brasileiras, com música de Alexandre Guerra e regência de José Soares. A obra apresenta cinco narrativas da cultura popular brasileira: Mula Sem Cabeça, Jaci e a lenda da Vitória-Régia, Caipora, Boto Cor-de-Rosa e Boitatá. As crianças ficam encantadas, mas o espetáculo é para a família toda. “Pouco falamos a respeito, mas o folclore e, neste caso, as lendas brasileiras são histórias que configuram o nosso próprio inconsciente coletivo. Elas ensinam, de modo lúdico e por alegorias, uma série de preceitos sobre a vida. Vão desde a nossa necessidade de proteger a natureza até questões sobre a tolerância às diferenças, ou mesmo o fato de que o coletivo se constrói a partir de uma relação de afetos. Eu acredito que seja um dos nossos melhores espetáculos, para as crianças e também para os pais”, explica o diretor do Balé Teatro Guaíra, Luiz Fernando Bongiovanni.
Nos dias 12, 13, 19 e 20, o Theatro São Pedro de São Paulo apresenta a ópera Cinderela, de Pauline Viardot, que retorna ao palco depois da temporada realizada em 2023. Com uma hora e quinze minutos de duração, a ópera tem libreto da própria compositora e será realizada em português, com versão de André Dos Santos, orquestração de Juliana Ripke e um elenco de sete cantores. A direção musical é de Fabrícia Medeiros e concepção cênica, de Julianna Santos. “É um tipo de literatura que pode ser infinitamente atualizado, e o mais interessante é essa mobilidade que os contos de fadas trazem. Por isso, eles ainda são tão próximos da gente, tão vivos. A Cinderela tem seus desejos e vontades, e a gente talvez se identifique com os desejos mais íntimos da personagem. É muito interessante quando ela e o príncipe se identificam com os mesmos desejos, o mesmo senso de ter liberdade para ser o que você quer, agir como você quer agir, escolher o que você quer escolher. E o mais bonito é ver essa beleza que existe, essa beleza na simplicidade”, diz a diretora.
Em Salvador, no dia 13, dentro da programação do 6º Festival Neojiba Encanta, será encenada a ópera Candinho, de João Guilherme Ripper, com direção cênica de Luana Serrat, direção musical de Alexsandra Brasileiro e a participação do Coro Pedagógico Experimental do Neojiba, de solistas do Coro Infantojuvenil e do Coro Juvenil do Neojiba. A ópera conta a história da infância do pintor brasileiro Cândido Portinari e foi encomendada pelo Sistema Nacional de Orquestras Sociais - Sinos UFRJ/Funarte.
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