Festival Artes Vertentes concorre ao prêmio de inovação da Classical:NEXT

O Festival Artes Vertentes é um dos concorrentes no Innovation Award 2022 da Classical:NEXT, rede global de intercâmbio em torno da música clássica que tem como objetivo fortalecer e difundir a atividade musical à luz da contemporaneidade.

O prêmio de inovação, entregue anualmente, oferece visibilidade a ações originais que sugerem caminhos colaborativos e artísticos para o mercado clássico. No ano passado, o Instituto Baccarelli foi um dos vencedores.

O Festival Artes Vertentes concorre com outros 19 projetos culturais de todo o mundo, escolhidos por um júri formado por 15 jornalistas de 13 países, cada um deles responsável por uma indicação. O mesmo júri escolhe, agora, a lista de finalistas, da qual sairão os vencedores da premiação.

Premiado em 2021 com o Prêmio CONCERTO, o Artes Vertentes completou no ano passado dez anos de atividades, pautadas pelo diálogo entre artistas de diferentes campos de atuação. A direção artística é do pianista Gustavo Carvalho e a direção geral, de Maria Vragova. 

Em entrevista no final de 2020 à Revista CONCERTO, Carvalho explicou a proposta do festival: a música em diálogo com outras artes – e a arte, com o mundo contemporâneo.

Esse diálogo se articula a partir de eixos temáticos atentos a questões atuais. Ao longo das edições, foram discutidos assuntos como a loucura ou Crime e castigo, que a partir do livro de Dostoievski propôs discussão em torno das noções de ética e moral e como a arte lida com elas. Em 2020 e 2021, o tema escolhido foi a água, que permitiu ao festival abordar questões como saneamento básico (cuja deficiência tornou-se ainda mais evidente durante a pandemia) e a relação que mantemos com o meio-ambiente.

O festival também realiza atividades e oficinas com crianças de Tiradentes. “Se a gente quer gerar alguma transformação pela cultura, uma ação pontual não leva a lugar nenhum, só fica bem com o patrocinador. Tiradentes tem 6 mil habitantes e passou por um processo de gentrificação, como as grandes metrópoles do país. Vemos essas atividades como forma de deixar um legado para a cidade”, afirmou Carvalho.

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