Há dez anos, a Filarmônica de Minas Gerais dava um novo e fundamental passo em sua história com a inauguração de sua sede, a Sala Minas Gerais. E, nesta semana, nos dias 20 e 21, o grupo fará dois concertos nos quais vai celebrar o marco, sob regência de seu diretor artística Fabio Mechetti.
No repertório está a Nona sinfonia de Beethoven, obra simbólica não apenas por seu caráter celebratório, mas porque foi com ela que a Filarmônica fez seu concerto de estreia, ainda no Palácio das Artes de Belo Horizonte, no dia 21 de fevereiro de 2008.
Além da orquestra, estará no palco o Coro da Osesp, que participa como convidado especial da comemoração. E um time de solistas formado pela soprano Gabriella Pace, a mezzo soprano Edineia de Oliveira, o tenor Matheus Pompeu e o baixo Licio Bruno.
A sala foi inaugurada em 27 de fevereiro de 2015 com a Sinfonia nº 2, de Mahler, mesmo repertório tocado na abertura de sua irmã mais velha, a Sala São Paulo. A partir de então, novos caminhos se abriram para a Filarmônica de Minas Gerais.
“O crescimento do grupo foi evidente. Sem a sala, teria sido impossível chegarmos ao patamar em que estamos”, aponta Renata Xavier, flautista da orquestra, em entrevista a Ana Cursino Guariglia, parte de um texto publicado na edição de janeiro e fevereiro da Revista CONCERTO.
Guariglia conversou também com José Augusto Nepomuceno, responsável pelo projeto acústico, ponto de partida para a arquitetura. “Apesar de partir de uma planta retangular, a sala tem balcões orgânicos que envolvem a plateia”, explica.
Escreve Guariglia: “Na alma do desenho está a aposta em um caminho diferente, o que, para ele, condizia com o nascimento de uma orquestra: ele queria arriscar e foi bem-sucedido. O público, onde quer que esteja sentado, além de ouvir perfeitamente, está sempre perto da orquestra. A arquitetura não economiza curvas: a disposição da plateia e dos balcões lembra um rio que deságua no palco. ‘É uma sala que tem bastante movimento, leveza e frescor’, comenta”.
Leia também
Opinião A multiplicação dos milagres, por Marcos Arakaki
Crítica Entre vida e morte, obra de Whitacre leva público às lágrimas na interpretação do Coral Paulistano, por Ana Cursino Guariglia
Crítica Francisco Mignone e a ‘mensagem de beleza’, por João Marcos Coelho
Ouvinte Crítico Participe e dê sua opinião sobre a produção de 'O guarani' em cartaz no Theatro Municipal de São Paulo
Notícias Brasileira Inês d’Avena é a nova titular de flauta doce no Conservatório Real de Haia
Notícias Em intervenção inédita, Trump é eleito presidente do conselho curador do The Kennedy Center, em Washington
![Detalhe da arquitetura da Sala Minas Gerais [Divulgação]](/sites/default/files/inline-images/w-sala_mg.jpg)
É preciso estar logado para comentar. Clique aqui para fazer seu login gratuito.
Comentários
Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não refletem a opinião da Revista CONCERTO.