O compositor paulistano Flo Menezes, um dos mais importantes criadores da música de invenção de nossos dias, apresenta seu projeto “Silênsons – Sons e silêncios em torno de Inori de Stockhausen” neste fim de semana, no Sesc Pompeia. São dois programas distintos.
O primeiro, só com obras de Menezes, acontece na sexta-feira, dia 24 (21h). O compositor apresentará um repertório de música imersiva e experimental, com quatro composições eletroacústicas difundidas por um sistema de caixas acústicas ao redor do público. O concerto inclui Perpetui decoris structura, que teve sua primeira audição mundial no Elektronmusik Studion (EMS) de Estocolmo, em 2022, além das peças Sinfonias, de 1997-98, Harmonia das esferas, de 2000, e Motus in fine velocior – in memoriam Stockhausen, criada em 2008.
Já nos dias 25 (21h) e 26 (18h), com interpretação do percussionista e performer norte-americano Christopher Clarino e participação de Flo Menezes no sistema de difusão eletroacústica, será executada, em estreia brasileira, a obra Inori, de Karlheinz Stockhausen (1928-2007).
Escrita entre 1973-74, Inori é baseada em uma fórmula musical que Stockhausen associa à magia. Na peça, o silêncio e os movimentos do performer são tão importantes quanto os sons e estão minuciosamente indicados na partitura. Stockhausen específica cada gesto, sua duração precisa e quando exatamente deverá ser executado, relacionando cada um deles a um determinado momento da fórmula musical que estrutura a composição.
Conforme o material de divulgação, “o único som emitido pelo intérprete no decorrer da peça é a sílaba mística HU, que, segundo Stockausen, é o mais sagrado de todos os sons, sejam eles emitidos por homens, pássaros, animais ou coisas. HU não pertence a nenhum idioma, mas todos os idiomas pertencem a HU. HU é o nome verdadeiro de Deus: um nome que nenhum povo e nenhuma religião podem reivindicar como seu”.
Clique aqui para ver mais detalhes no Roteiro do Site CONCERTO.
É preciso estar logado para comentar. Clique aqui para fazer seu login gratuito.
Comentários
Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não refletem a opinião da Revista CONCERTO.