A GRU Sinfônica faz a estreia no sábado, dia 19, de Song of the universal, do compositor Sergio Molina, com a participação do Quaternaglia e do pianista Rogério Zaghi. A versão original da peça, apenas para piano e quarteto de violões, foi escrita por Molina para uma turnê do Quaternaglia pelos Estados Unidos.
“Começamos a conversar no ano passado e então surgiu a ideia de uma nova versão, na qual atuaria também a orquestra”, conta o maestro Emiliano Patarra, diretor das Orquestras de Guarulhos, que rege o concerto. Segundo Patarra, a obra que ganha os palcos no sábado tem o dobro da duração da original. “O que o Sergio Molina fez não foi apenas uma orquestração, foi repensar a obra de uma maneira mais ampla, agora com a orquestra presente.”
A peça tem como inspiração um poema do norte-americano Walt Whitmann. “A escrita é muito interessante e diversificada. Há elementos da música popular latino-americana, mas não de corte nacionalista; outros de tonalidade expandida e até mesmo de música atonal”, explica o maestro.
Para ele, um aspecto interessante está nos diálogos internos. “Há passagens em que os violões conversam entre si, assim como outras em que os músicos da orquestra conversam. É uma estrutura bastante interessante. Também na apresentação dessa canção do título, sem canto. Ela vai sendo construída ao longo da obra.”
O concerto será transmitido pela internet – a orquestra ainda não está recebendo o público. E se completa com a Abertura sobre temas hebreus, de Prokofiev (que será regida por Khevin Camargo), e com a Suíte Pelléas et Mélisande, Gabriel Fauré.
Ainda segundo Patarra, “a orquestra tem como ponto de partida explorar a diversidade da linguagem sinfônica. Este programa coloca bem isso, com uma nova obra colocada ao lado de peças mais clássicas, do grande repertório.”
Em julho, a GRU Sinfônica realiza a estreia de outras quatro obras, de André Mehmari, Antonio Ribeiro, Leonardo Martinelli e Matheus Bitondi.
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