Itália, França e Alemanha voltam a fechar salas de concertos

Os governos da Itália, França e Alemanha determinaram o fechamento de teatros e salas de concerto como parte das medidas para conter o que está sendo chamada de segunda onda de contaminação do coronavírus Covid-19.

Na França, a Ópera de Paris cancelou toda sua programação até dezembro e discute alternativas para apresentar, ainda este ano, o ciclo O anel do nibelungo, de Wagner, que poderá ser feito em versão de concerto. Na Alemanha, a previsão é de fechamento até o final de novembro, da mesma forma que na Itália. Há duas semanas, o governo holandês já havia determinado o fechamento dos teatros.

A decisão não agradou as instituições musicais. A direção geral da Fundação Filarmônica de Berlim ressaltou que medidas foram tomadas para proteger o público e os artistas e que é difícil precisar interromper mais uma vez as atividades; e o maestro Kirill Petrenko pediu medidas oficiais para ajudar os músicos independentes.

Na Itália, o maestro Riccardo Muti chegou a escrever uma carta ao primeiro-ministro Giuseppe Conte, pedindo que reconsiderasse a medida. Em resposta, Conte afirmou que reconhece a importância da arte na vida das pessoas, mas que seu compromisso nesse momento é com a segurança sanitária e a ocupação de hospitais.

Na quinta-feira, dia 29, a agência de notícias ANSA informou que 27 artistas da companhia do Teatro Alla Scala, músicos da orquestra e do coro, testaram positivo para o coronavírus – um deles precisou ser hospitalizado. No Teatro San Carlo de Nápoles também foram identificados 12 casos entre os músicos da orquestra.

Segundo a direção do Scala, não há como saber se eles contraíram a doença dentro das instalações do teatro e o fato de que a contaminação foi descoberta é prova de que os protocolos de segurança sanitária funcionam.

Segundo a imprensa britânica, já há conversas a respeito da necessidade de fechar também os teatros e salas de concerto na Inglaterra.

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