Morre nos Estados Unidos a pianista Beatriz Roman

A pianista Beatriz Roman morreu na segunda-feira, dia 18, vítima de leucemia. Especializada no repertório dos séculos XX e XXI, ela vivia nos Estados Unidos, onde era professora da Greenwich House, em Nova York, mas mantinha ligação estreita com a cena musical brasileira, participando de eventos como o Festival Música Nova.

O trabalho de Roman a aproximou de compositores como John Cage, Henri Pousseur e Gilberto Mendes, de quem foi amiga pessoal e estreou obras importantes.

Sua atividade acadêmica dedicou-se a este repertório. Estudou na USP, com Caio Pagano, e na Escola Superior de Colônia, na Alemanha; nos Estados Unidos, realizou seu doutorado no Graduate Center de Nova York (Cuny), escolhendo como tema o silêncio na música de John Cage. Também realizou trabalhos com Vinko Gobar, Peter Eötvös e Pierre Boulez. 

Em sua carreira, atuou tanto como recitalista, camerista e em apresentações ao lado de orquestras em palcos como o Carnegie Hall. No Brasil, seus recitais eram pautados pela inventividade na hora de combinar peças de autores como Pousseur, George Crumb ou Maurício Kagel. Sua atividade pedagógica a levou a instituições brasileiras, dos Estados Unidos, da França e da Bélgica, entre outros países. Na Alemanha, por exemplo, colaborou em edições da bienal de Munique. 

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