A Orquestra Sinfônica da Bahia apresenta nesta quinta-feira, dia 7, um programa da série Jorge Amado que tem como destaque Poèmes pour mi, do compositor francês Olivier Messiaen, com solos de Marly Montoni. A regência é de Carlos Prazeres.
A obra estreou em 1937 e é um dos três grandes ciclos de canções escrito pelo compositor, ao lado de Chants de terre et de ciel e Harawi. Apenas Poèmes pour mi, porém, foi orquestrado por Messiaen.
O próprio autor falou, décadas depois da estreia, sobre a obra. “A sílaba Mi não tem nada a ver com a nota musical de mesmo nome. É simplesmente uma palavra de carinho, imitando um diminutivo, e sob a qual se esconde o nome da violinista e compositora Claire Delbos, a quem a obra foi dedicada” explicou ele.
O texto da obra é do próprio Messiaen. “Eu mesmo escrevi o poema e a música, um ao mesmo tempo que o outro. O poema muito simples segue um pouco o espírito de Pierre Reverdy, poeta que li muito na época. Também contém termos emprestados de São Paulo, do Evangelho, dos Salmos e imagens tiradas da paisagem que me cercava na época: a dos Alpes, as montanhas, os lagos e o campo do Dauphiné.”
A forma musical é diferente para cada canção. “Varia de canções muito melódicas (Paysage, Le collier), a cenas dramáticas (Epouvante) e a dípticos (as duas partes de Prière exaucée). Na primeira e na última (Ação de Graças e Prière exaucée), lembrei-me do que é praticado no cantochão: o texto é cantado rapidamente (não como um recitativo, mas como uma salmodia) e as palavras importantes – as palavras-chave – são cobertas por longas vocalizações. A cor é talvez o elemento mais importante aqui.”
O programa da Sinfônica da Bahia inclui ainda as Bachianas brasileiras nº 2 de Villa-Lobos e a Sinfonia de Cesar Franck.
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