Osesp abre Ciclo Stravinsky com o balé 'O pássaro de fogo'

“Se eu tivesse que passar o resto da vida em uma ilha deserta, levaria comigo todas as partituras de apenas dois compositores, Bach e Stravinsky.”

Foi assim que o maestro Thierry Fischer, diretor musical da Osesp, definiu no começo do ano, em entrevista ao jornalista Irineu Franco Perpetuo, sua relação com a música do compositor russo. Uma relação que poderá ser vista de perto a partir desta quinta-feira, dia 17, na Sala São Paulo, quando o grupo abre o Ciclo Stravinsky.

Há outras obras do compositor espalhadas pela temporada da Osesp. Mas o prato principal é a interpretação de seus três grandes balés, obras marcantes do repertório do século XX: O pássaro de fogo, Petrushka e A sagração da primavera, que estarão nos concertos desta e da próxima semana.

Hoje, amanhã e sábado, será interpretado O pássaro de fogo. Na próxima semana, na sexta-feira, será a vez de Petrushka (acompanhada da Sinfonia nº 96 de Haydn) e, no sábado, de A sagração da primavera (com a Sinfonia nº 44 de Haydn).

Os concertos desta semana contarão também com a estreia mundial das Variações concertante sobre o tema F-E-H-E-C-A, de João Guilherme Ripper, encomendada pela orquestra para comemorar o aniversário de 90 anos do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso, presidente de honra da Fundação Osesp.

Os balés de Stravinsky serão tocadas com atenção aos protocolos de segurança, o que exigiu alguns ajustes, sobre os quais Fischer falou em março à CONCERTO. 

“Tocaremos versões instrumentais reduzidas de O pássaro de fogo e A sagração da primavera e, em Petrushka, tocaremos a versão reduzida de Stravinsky, de 1947. Contudo, nas três obras, não teremos tantas cordas quantas aquelas de que precisaríamos ‘normalmente’. Será um desafio que decidimos encarar com positividade, estando convencidos de que ‘o show deve continuar’, mesmo se tivermos que nos adaptar.”

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