Nelson Goerner, Kirill Gerstein, Joyce Yang, Pierre Laurent-Aimard, as maestras Xian Zhang e Marin Alsop e o violista Antoine Tamestit estão entre os convidados da programação
A Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo vai receber, em sua temporada 2026, convidados como os pianistas Nelson Goerner, Kirill Gerstein, Joyce Yang e Pierre Laurent-Aimard, o violinista Daniel Lozakovich (artista em residência), as maestras Xian Zhang e Marin Alsop e o violista Antoine Tamestit.
Thierry Fischer, diretor musical e regente titular, fará oito programas diferentes com a orquestra, incluindo duas sinfonias de Mahler, a Quarta e a Nona, dando continuidade ao projeto de gravação das peças. Além disso, Fischer dirigirá a integral das sinfonias de Mendelssohn, compositor que terá destaque também na temporada de música de câmara, com a participação de músicos do grupo. Outro ciclo que continuará é o dos concertos para piano de Villa-Lobos, com Sonia Rubinsky e Roberto Minczuk. Bach e Wagner também têm destaque.
A Osesp fará seis estreias, algumas delas frutos de encomendas: o Concerto para trombone, de Andrew Norman; o Concerto para violão, de Daniel Freiberg; e o Concerto para piano, de Francisco Coll; Oirande, de Jocy de Oliveira, e Cânticos mal ditos, gozosos e devotos, de Leonardo Martinelli, ambas para o Coro da Osesp; e Diário interrompido, de Antonio Ribeiro, para a série de câmara. Da música do século XX, destaques para a obra Gruppen, de Stockhausen; Oiseaux exotiques, de Messiaen; e a Sinfonia nº 2, Dos orixás, de Almeida Prado.
A temporada começa em março, com Gruppen, escrita por Stockhausen para três orquestras; a Fantasia e fuga BWV 537 de Bach, em transcrição de Villa-Lobos; e a Nona de Beethoven. Fischer rege, e os solistas serão Camila Provenzale, Ana Lucia Benedetti, Issachah Savage e Sávio Sperandio. Ainda em março, a soprano Hera Hyesang Park será a solista em canções de Strauss e na Quarta de Mahler; e Sonia Rubinsky vai interpretar o Concerto para piano nº 4 de Villa-Lobos, com Minczuk.
Abril começa com Bach: a Suíte orquestral nº 3 em ré maior, BWV 1068, e o Oratório de Páscoa, BWV 249, sob regência do maestro Richard Egarr e com solos de Maria Carla Pino, Ana Lucia Benedetti, Anibal Mancini e Michel de Souza. Na sequência, o violinista Daniel Lozakovich, que participou da turnê europeia da Osesp em 2024, inicia sua atuação como artista em residência, tocando o Concerto de Tchaikovsky.
Outro solista convidado do mês é o violoncelista Seth Parker Woods, que vai fazer, sob regência de Elena Schwarz, a estreia latino-americana de Had to Be, de Nathalie Joachim, em programa que tem Atmosphères, de Ligeti, e a Sétima de Beethoven.
Na virada de abril para maio, Fischer reassume o pódio para a estreia americana do Concerto para trombone de Andrew Norman (coencomenda da Osesp com as sinfônicas de Dallas, da Nova Zelândia e o Festival de Lucerna) – o solista será Jörgen van Rijen, primeiro trombone da Orquestra do Concertgebouw.
Na segunda semana de maio, o destaque é a Sinfonia nº 2 de Mendelssohn, chamada de Lobgesang, com regência de Fischer, o Coro da Osesp e as sopranos Jone Martínez e Anna Carolina Moura. No programa seguinte, volta a São Paulo o grande pianista francês Pierre-Laurent Aimard, que será solista no Concerto nº 11 de Haydn e em Oiseaux exotiques, de Messiaen, sob o comando de Fischer.
O maestro português Dinis Sousa rege, então, um programa especial, em que será interpretado Um réquiem alemão, de Brahms, intercalado pelas canções de Das Lesen der Schrift, de Wolfgang Rihm. Maio se encerra com concertos dedicados à obra de Wagner, com trechos de óperas como Os mestres cantores de Nürnberg, Lohengrin, Tannhäuser e O crepúsculo dos deuses. A solista será a soprano Aile Asszonyi. Marc Albrecht rege e segue com a Osesp na semana seguinte, tendo a seu lado o pianista Nelson Goerner, solista do Concerto de Schumann.
Novo diretor da Hallé Orchestra, na Inglaterra, Kahchun Wong comanda o programa seguinte, que tem o Concerto para violino de Tan Dun (com solos de Eldbjorg Hemsing, que já gravou a peça). E junho se encerra com a visita da maestra Karen Kamensek, que já venceu o Grammy pela gravação da ópera Akhnaten, de Philip Glass, e que aqui terá ao lado Yeol Eum Son como solista no Concerto para piano nº 2 de Prokofiev (o programa tem, ainda, o Concerto para orquestra, de Bartók).
Em julho, mês em que a Sala São Paulo recebe a programação do Festival de Inverno de Campos do Jordão, a Osesp faz apenas dois programas. O primeiro traz de volta ao Brasil um dos maiores instrumentistas de cordas da atualidade, o violista Antoine Tamestit, que vai interpretar o Concerto para viola de William Walton. O segundo, com regência de Roberto González-Monjas, diretor da Orquestra Mozarteum de Salzburg, terá a Sinfonia nº 4 da compositora Grazyna Bacewicz e o Concerto para violino de Korngold, com solos do violinista coreano Inmo Yang.
Também da Coreia, medalha de prata do Concurso Van Cliburn em 2005, a pianista Joyce Yang se apresenta em segui da, no início de agosto, tocando o Concerto para piano em fá maior de Gershwin, sob a regência de Delyana Lazarova, que vai comandar a Osesp também na Sinfonia nº 2 de Rachmaninov.
O maestro alemão Jun Märkl fará, então, duas semanas de apresentações com a orquestra. Na primeira, o programa tem o Réquiem de Verdi, que relembra os 125 anos de morte do compositor. Os solistas serão a soprano Yu Guanqun, a mezzo soprano Luisa Francesconi, o tenor Peixin Chen e o baixo José Antonio Lopez. Já na semana seguinte, Lozakovich volta a São Paulo, agora para tocar o Concerto de Sibelius, e Märkl rege também Ser, de Tania León, e Petrushka, de Stravinsky.
Sob direção da regente chinesa Xian Zhang, a Osesp abre setembro com a visita da violinista Tai Murray, que será solista no Concerto nº 2 de Prokofiev – outro destaque do programa é a peça Mensagem primitiva, da norte-americana Nokuthula Ngwenyama. No programa seguinte, Marin Alsop, ex-diretora musical da Osesp, retorna à Sala São Paulo para um programa de música norte-americana, com obras de John Adams (The Rock You Stand On e Da transmigração das almas) e Samuel Barber (o Concerto para violino, com solo de Randall Goosby, e o Adágio para cordas).
Roman Simovic, outro dos violinistas que esteve com a Osesp na turnê de 2024, será o solista do Concerto nº 1 de Shostakovich em outubro, em programa com Tombeau II, de Olga Neuwirth, e a Sinfonia nº 4 de Nielsen – a regência é do finlandês Dima Slobodeniouk. Na sequência, o violonista Fabio Zanon vai se unir à Osesp para tocar duas obras de Toru Takemitsu: À beira do sonho e Versos, arco-íris, Palma. E a semana seguinte contará com mais violão, quando Rafael Aguirre será solista na estreia mundial do concerto de Daniel Freiberg, regido por Fischer. E é o maestro que segue no comando na semana seguinte, para mais uma estreia mundial: a do Concerto de Francisco Coll, que terá o pianista Kirill Gerstein como solista.
A música do compositor John Adams voltará a ser desta que em novembro, quando David Robertson vai reger Música ingênua e sentimental, em um repertório que também aproxima Bellini e Chopin, com a abertura de Il pirata e o Concerto para piano nº 2, respectivamente, com solos de Orli Shaham. O encerramento da temporada será nos dias 17, 18 e 19 de de zembro, com a Nona de Mahler, com Fischer de volta ao pódio.
RECITAIS
Vários dos artistas convidados para a temporada sinfôni ca farão também recitais na programação, na Estação Motiva Cultural. Em março, Hera Hyesang Park apresentará árias e canções, acompanhada da pianista Olga Kopylova; em junho, Nelson Goerner fará recital com peças de Bach, Schubert, Rachmaninov e Balakirev, e Yeol Eum Son vai tocar Bach, Gulda e Paderewski; Lozakovich fará em agosto recital com partitas e sonatas de Bach. Kirill Gerstein, com obras de Brahms e Brett Dean, e Orli Shaham, em programa a ser anunciado, são as atrações de novembro.
Também haverá recitais de grupos da Osesp, como o Quar teto Poiesis (março), o Quarteto Arandu (abril), o Grupo Camsons (que fará a versão de câmara de A canção da terra, de Mahler, em abril) e um octeto que, em outubro, toca obras de Mendelssohn. A agenda inclui ainda recital do pianista Hércules Gomes.
CORO DA OSESP
Atualmente dirigido pelo maestro Thomas Blunt, o Coro da Osesp terá sua programação de concertos na Estação Motiva Cultural. O primeiro compromisso é em abril, com o regente inglês e obras de Berger, Mendelssohn, Ronaldo Miranda, Villa-Lobos, Clara Schumann e Ernani Aguiar. Em junho, Blunt rege Jocy de Oliveira, Jonathan Dove e Justé Janulyté.
Kaique Stumpf comanda, em outubro, leitura da Missa breve sobre ritmos populares brasileiros, de Aylton Escobar; em novembro, Blunt volta ao pódio para obras de Bernstein, Steve Reich, Stravinsky e Leonardo Martinelli. O último compromisso, ainda sem repertório definido, será com regência de Pierre-Fabien Roubaty.
ASSINATURAS
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