Osesp dedica programação de maio à obra de Joseph Haydn

A música de Joseph Haydn, em diálogo com diferentes autores, será o fio condutor da programação da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo em maio. 

Os primeiros concertos acontecem nesta semana, nos dias 6, 7 e 8, com regência do spalla Emmanuele Baldini. O programa tem a Sinfonia nº 64 e o Concerto para violino em sol maior do compositor, além de Fratres, de Arvo Pärt.

A apresentação do dia 7 será apresentada também pela internet. A nova programação substitui a agenda anunciada anteriormente, por conta das restrições impostas pela pandemia do coronavírus.

Na próxima semana, o grupo propõe diálogo entre Haydn e a música colonial brasileira, com regência de Luis Otávio Santos. Nos dias 20, 21 e 22, Roberto Tibiriçá rege o grupo em peças de Haydn e do compositor argentino Esteban Benzecry. 

No dia 27, o Quarteto Osesp apresenta o Quarteto opus 76 nº 3. E, no último programa sinfônico do mês, Wagner Polistchuk assume o pódio, regendo Haydn (o Concerto para trompa nº 1, com solos de Luiz Garcia) e a Sinfonia de câmara de John Adams. 

“Haydn é a saúde da orquestra. Esse é um ditado comum entre os músicos. Sua música é pão e vinho, para quem toca e para quem escuta também”, afirmou o diretor artístico Arthur Nestrovski em entrevista a Camila Fresca, publicada na edição de maio da Revista CONCERTO. 

Para ele, tocar Haydn implica numa série de estímulos simultâneos: ao mesmo tempo em que sua obra integra a base do repertório sinfônico, ela nunca deixa de instigar a técnica, e, também, a imaginação. Exige enorme disciplina da orquestra, mas, ao mesmo tempo, pede liberdade e invenção. “Como se pode tocar com efetivo menor – estilisticamente, aliás, soa até mais correto fazer sua música com orquestra menor do que com os grandes conjuntos do romantismo e da modernidade –, ele é um dos autores ideais para este momento”, completa. 

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