Retrospectiva 2019: Cláudio Cruz

por Redação CONCERTO 13/01/2020

Depoimento colhido na primeira quinzena de dezembro de 2019

“Pessoalmente, 2019 foi um ano de gravações. Comecei fazendo um disco de valsas e choros com o pianista Rafael Santos. Para o meu canal do Youtube gravei os 36 estudos de Kayser e estou concluindo os de Mazas. Meu objetivo é atender a uma demanda pedagógica. Com o Quarteto Carlos Gomes, gravei os quartetos de cordas do compositor Meneleu Campos. E, para o Selo Sesc, os quatro trios de Villa-Lobos, com Ricardo Castro, Antonio Meneses e Gabriel Marin, que envolveu a revisão do manuscrito. Também iniciamos um projeto grandioso, que vai registrar toda a música feita durante a Semana de 1922. Sem contar os trabalhos ainda a serem lançados, são mais de 40 CDs ao longo da carreira. Com a Orquestra Jovem do Estado, gravamos (também pelo Sesc) um CD dedicado à obra de Claudio Santoro, incluindo as Variações assintóticas, peça serial bastante complexa, a lindíssima Missa e a Sinfonia nº 9. Além disso, nossa programação foi de alto nível, com os franceses Dutilleux, Varèse, Debussy, a Sétima de Mahler – um dos momentos altos da orquestra, e uma das peças que mais ensaiamos. Convidados deram contribuições importantes, como Ira Levin regendo um concerto do qual fui spalla ou Arthur Nestrovski prestigiando os jovens músicos como narrador do Guia da orquestra de Britten. Para 2020 temos uma programação excelente, que começa com o Anel sem palavras e termina com a Nona de Mahler, incluindo muita música brasileira e convidados como os regentes Rodolfo Fischer, Arvo Volmer e Valentina Peleggi. A Orquestra Jovem também faz um programa na série de assinaturas da Osesp no qual serei o solista do Romance de Beethoven. Sigo regendo bastante como convidado.”

Cláudio Cruz, violinista, integrante do Quarteto Carlos Gomes e maestro titular da Orquestra Jovem do Estado

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