Em diferentes cidades e séries, 250 anos do compositor marcam agenda
Os 250 anos de Beethoven não vão passar em branco na temporada musical brasileira de 2020. Pelo contrário: o compositor deve receber homenagens das mais variadas em todo o país, como mostram as programações já anunciadas.
O tema da temporada da Osesp é justamente Beethoven 250. O novo regente titular Thierry Fischer vai reger as oitos primeiras sinfonias, um grupo seleto de pianistas fará a integral das 32 sonatas, o Quarteto Osesp, os últimos quartetos. Mas a agenda não se limita ao compositor. Há estreias de Tristan Murail, Paulo Costa Lima, João Guilherme Rippe, a presença de Brett Dean como compositor visitante e de artistas como o violista Antoine Tamestit e a violinista Isabelle Faust e de maestros como Alexander Shelley, Robert Treviño, Arvo Volmer, Alexander Liebreich e Stefan Blunier. (Informações sobre assinaturas pelo site www.osesp.art.br ou pele telefone 11 3777-4980.)
O Theatro Municipal de São Paulo terá uma série sinfônica dedicada ao compositor em dezembro, com as sinfonias e os concertos para piano. Além disso, vai apresentar em um local da cidade ainda não definido a ópera Fidelio. A programação lírica da casa tem ainda Aida, de Verdi; Homens de Papel, de Elodie Bouny, e Navalha na carne, de Leonardo Martinelli, e Benjamin, de Peter Rusika. Leia aqui sobre assinaturas,
Na temporada da Cultura Artística, Beethoven também estará presente nos programas de algumas das principais atrações de um ano de estrelas: os pianistas Daniil Trifonov, Katia Buniatishvili, o violoncelista Gautier Capuçon, o contratenor Philippe Jaroussky e o violinista Joshua Bell, além de importantes orquestras europeias. (Estão disponíveis novas assinaturas pelo telefone 11 3256-0223 ou pelo site culturaartistica.org.br.)
O Mozarteum Brasileiro, por sua vez, traz para concertos na Sala São Paulo a soprano Latonia Moore, o Concerto Köln e os Tel Aviv Soloists, além de seguir com seus projetos educacionais: os festivais Música em Trancoso e Canto em Trancoso (não estão à venda assinaturas; informações sobre ingressos avulsos podem ser obtidas no site www.mozarteum.org.br).
E a Tucca segue com sua mistura de jazz e música de câmara: na Sala São Paulo, apresentam-se músicos como a pianista Elena Bashkirova e o pianista Dejan Lazic, além do violonista Milos Karadaglick e da cantora Liz Wright (a venda de assinaturas acontece por meio do site www.tucca.org.br ou pelo telefone 11 2344-1051).
Também em São Paulo, no Theatro São Pedro, o destaque é a programação lírica, com West side story, de Bernstein; Porgy and Bess, de Gershwin; Capuletos e Montéquios, de Bellini; e Ariadne em Naxos, de Strauss. Há ainda uma série de concertos sinfônicos e de música de câmara, além de espetáculos da Academia de Ópera do Theatro. (O teatro não realiza venda de assinaturas.)
De volta a Beethoven: a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais também relembra o compositor. O grupo, dirigido por Fabio Mechetti, apresenta as nove sinfonias, a ópera Fidelio e os cinco concertos para piano e orquestra com Arnaldo Cohen como solista. E, de quebra, celebra os cinco anos da Sala Minas Gerais, recebendo ainda grandes solistas brasileiros e internacionais, como os pianistas Cristian Budu e Paulo Álvares, o violonista Fabio Zanon e o violinista Andrés Cárdenes. (Em janeiro ainda é possível adquirir assinaturas pelo e-mail assinatura@filarmonica.art.br.)
No Rio de Janeiro, na Sala Cecília Meireles, onde a programação foi dividida em festivais, um dos principais terá justamente obras de Beethoven. A lista é audaciosa: as 32 sonatas para piano, os últimos quartetos de cordas, a integral dos trios com piano, a integral das sonatas para violino e piano e a integral da obra para violoncelo e piano, confirmando assim o retorno da Sala à sua vocação como espaço da música de câmara. Outros festivais vão relembrar Bach, Villa-Lobos e a Belle Époque carioca. (Serão vendidas assinaturas apenas para o Festival Beethoven; mais informações pelo site www.salaceciliameireles.rj.gov.br.)
Também no Rio, a série da Dell’Arte reúne grandes artistas internacionais. Entre as atrações estão a Orchestre de Chambre Nouvelle Europe, a Jerusalem Chamber Music Festival Ensemble, os pianistas Daniil Trifonov e Katia Buniatshvili, o violoncelista Steven Isserlis, a Sinfônica de Bamberg e o tenor Piotr Beczala.
E, em Salvador, o Neojiba trará ao Brasil artistas como as pianistas Maria João Pires e Martha Argerich, o violinista e maestro Claudio Cruz e o violoncelista Antonio Meneses. Todos eles participam da série dedicada pelo projeto, um dos mais importantes polos de formação de músicos associada à inclusão social do país, a Beethoven.