Violoncelista Matias de Oliveira Pinto morre em acidente automobilístico 

O violoncelista brasileiro Matias de Oliveira Pinto, professor da Escola de Música de Münster, na Alemanha, morreu em aos 64 anos em um acidente automobilístico. 

Nascido em São Paulo em 1960, Matias cedo demonstrou talento musical, começando a estudar piano e, posteriormente, violoncelo. Foi aluno de Zygmunt Kubala e com 18 anos tornou-se professor na Escola de Música e Belas Artes do Paraná.

Em 1980, Matias recebeu uma bolsa da Fundação Herbert von Karajan, o que lhe permitiu estudar na Escola Superior de Música de Berlim (HdK) e na Academia Franz Liszt de Budapeste, onde foi aluno de Csaba Onczay. Durante sua formação, Matias se aperfeiçoou com outros grandes mestres, como William Pleeth, Aldo Parisot e Paul Tortelier.

Matias de Oliveira Pinto desenvolveu intensa atividade como solista e músico de câmara, realizando turnês pelos EUA, América do Sul, Europa, Israel, Japão, Coreia, Nova Zelândia e Austrália. Ele se apresentou em alguns dos mais importantes festivais internacionais e em renomadas salas de concerto.

O músico também era um pedagogo requisitado, ministrando master classes em diversos países. Ele era professor de violoncelo na Universidade das Artes de Berlim e na Faculdade de Música da Universidade de Münster, na Alemanha.

Matias de Oliveira Pinto também mantinha regular atividade no Brasil, participando de festivais, realizando recitais de câmara e atuando como solista de orquestra. Ele era o diretor artístico do Festival de Ouro Branco.

O violoncelista tem discos gravados por selos europeus como Cello Colors, Academy, Kreuzberg Records, Bella Musica e Hungaroton Classics. Recentemente gravou o Choro para violoncelo e orquestra de Camargo Guarnieri para o selo Naxos.

Matias de Oliveira Pinto era filho do cenógrafo Cyro del Nero e irmão do etnomusicólogo Thiago de Oliveira Pinto. Sua morte é um choque para todos que o conheciam e para a comunidade clássica brasileira. Além de exímio músico, era uma pessoa amável e querida.