O maestro e trombonista Wagner Polistchuk foi convidado para ser o novo regente titular da Orquestra Experimental de Repertório, corpo estável do Theatro Municipal de São Paulo. Ele deverá assinar o contrato nos próximos dias substituindo o maestro Guilherme Rocha.
Natural de São Paulo, Polistchuk estudou na Escola Municipal de Música e na Faculdade Mozarteum, e fez especialização em trombone na Escola Superior de Música de Trossingen, na Alemanha, com Branimir Slokar. Premiado em diversos concursos, ingressou na Osesp em 1981, onde é primeiro trombone solo. Em conversa com a Revista CONCERTO, Polistchuk falou que pretende conciliar o cargo na Osesp com o novo trabalho na OER.
Sua atuação como regente reflete sua sólida formação, decorrente das aulas com Andreas Spörri, Dante Anzolini, Ronald Zollmann, Roberto Tibiriçá e com os lendários Eleazar de Carvalho e Kurt Masur. Em 2002, foi premiado no Concurso Internacional de Regência Prix Credit Suisse, na Suíça e no Concurso Nacional Eleazar de Carvalho para Jovens Solistas e Regentes.
Polistchuk foi regente titular da Osuel, diretor artístico da Camerata Antiqua de Curitiba e regente principal da Osusp. O maestro também já esteve à frente da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo, da Orquestra Filarmônica de Mendonza, na Argentina, da Orquestra Sinfônica Nacional do Peru (OSN) e da Hermitage, na Suíça. Tem regido também repetidas vezes a Osesp em programas especiais.
“É óbvio que é importante para qualquer maestro poder trabalhar constantemente com uma orquestra”, afirmou Polistchuk em relação ao novo cargo na OER. “Esse contato mais frequente me dará a oportunidade de desenvolver minhas ideias musicais, adquiridas ao longo desses quase quarenta anos na Osesp, observando grandes regentes e solistas. Além disso, por atuar como professor de trombone e regência, essa interação com jovens é muito gratificante para mim.”
A Orquestra Experimental de Repertório foi fundada pelo maestro Jamil Maluf em 1990. Sob a direção de Maluf – que fora um período entre 2014 e 2017 permaneceu na direção da orquestra até 2022 –, a OER percorreu uma história de grande impacto na vida musical paulista, distinguindo-se pela diversidade de projetos, ampliação de repertórios, pelas óperas e pelo elevado nível artístico alcançado. Além disso, em sua história, a OER foi uma das principais plataformas para a profissionalização de músicos, que segue sendo a sua principal missão até hoje.
“É uma honra poder voltar a esta orquestra agora, como regente, uma vez que participei dela como trombonista, em 1984, quando ainda era denominada Orquestra Jovem Municipal de São Paulo”, concluiu o novo regente Wagner Polistchuk.
É preciso estar logado para comentar. Clique aqui para fazer seu login gratuito.
Comentários
Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não refletem a opinião da Revista CONCERTO.