Festival de Ópera do Paraná promove oitava edição com título sobre Tiradentes

Evento acontece entre os dias 8 e 13 de novembro, no Teatro Guaíra, em Curitiba

Inicia-se na próxima terça-feira, dia 8 de novembro, a oitava edição do Festival de Ópera do Paraná. O evento, que será gratuito, será realizado no Teatro Guaíra, em Curitiba. Esta edição do festival tem direção artística da atriz Ítala Nandi, que este ano completou 80 anos de idade. Para ela, a música nos permite sair do pessimismo pós-moderno. “Por quê? Porque o novo mundo, quântico, atual, ainda não se encontra claramente manifesto, e as pessoas não conseguem reconhecer o novo contexto sociocultural para julgar uma obra que já se encontra nele”, argumenta.

A programação abre com o 5º Simpósio Brasileiro de Canto, que terá duas palestras – ministradas pelas professoras Emerli Schlögl e Débora Bérgamo – bem como apresentações e comunicações de pesquisas acadêmicas. 

A ópera Elixir do amor, de Gaetano Donizetti, em uma produção do Núcleo de Performance da Escola de Música e Belas Artes do Paraná, será interpretada nos dias 11 e 12, às 20h. 

Nos mesmos dias 11 e 12, às 21h30, haverá apresentações de cenas do musical Os miseráveis, de Claude-Michel Schönberg, baseado na obra de Victor Hugo.

No encerramento do evento, dias 12 e 13, será apresentada a ópera contemporânea brasileira Molhem minha goela com cachaça da terra, com libreto sobre poesia de Luiz Carlos Prestes Filho. O título, uma comemoração à Independência do Brasil, conta os momentos derradeiros de Tiradentes. O autor do libreto é também o compositor da música, juntamente com Lucas Bueno, e os arranjos são do compositor Modesto Fonseca. A ópera será interpretada pela orquestra de cordas da Universidade Federal de São João del-Rei.

O Festival de Ópera do Paraná tem direção geral de Gehad Hajar, que comemora o retorno da programação cultural depois do período pandêmico: “A manutenção da gratuidade de toda a programação e a retomada das produções encenadas são as demonstrações de superação dos últimos dois anos, que brecaram quase toda indústria criativa”, enfatiza.