Em maio de 1947, Igor Stravinsky visitou uma exposição onde conheceu um conjunto de oito gravuras de William Hoghart. Nelas, o artista narra a história de Tom Rakewell, que, após receber uma herança de família, muda-se para Londres, onde gasta o seu dinheiro com luxos, prostitutas e no jogo.
As imagens ficaram na mente do compositor russo e, em 1951, transformaram-se em uma ópera, The Rake’s progress, com libreto de W.H. Auden e Chester Kallman. E ela sobe ao palco do Theatro Municipal de São Paulo a partir do dia 11, em uma nova produção assinada por Julianna Santos e Maria Thais e pelo maestro Roberto Minczuk.
As récitas acontecem nos dias 11, 12, 13, 14, 18, 19 e 21 de novembro. E o elenco é composto por Fernando Portari e Anibal Mancini, (Tom Rakewell); Lina Mendes e Marly Montoni (Anne Trulove); Léo Neiva e Michel de Souza (Nick Shadow); Luísa Francesconi e Luciana Bueno (Baba the Turk); Juliana Taino (Mother Goose); Luiz-Ottavio Faria (Father Trulove); e Giovanni Tristacci (Sellem).
“É uma ópera fascinante. Pela música, claro, mas também pela qualidade do libreto de W. H. Auden e Chester Kallman, o que nem sempre acontece na história do gênero”, diz Roberto Minczuk.
“A música pertence à fase neoclássica – e pode ser barroca em algumas passagens. O papel do tenor tem momentos que me lembram de A paixão segundo São Mateus, de Bach. E não para por aí. Outro dia eu conversava com [o barítono] Léo Neiva sobre o papel de Nick Shadow, e falávamos de como o personagem se aproxima do Mefistófeles de A danação de Fausto, de Hector Berlioz. Então, se há uma inspiração neoclássica ou barroca, há também um olhar para o século XIX. E é muito bacana perceber e trabalhar essas inspirações todas que se unem na partitura”, completa o maestro.
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