A Orquestra Gulbenkian apresenta hoje e amanhã a ópera Cartas portuguesas, de João Guilherme Ripper. A regência é do maestro Hannu Lintu e a soprano Carla Caramujo é a solista. A encenação é a mesma da estreia em São Paulo, com direção de Jorge Takla. A apresentação de amanhã será transmitida ao vivo pela internet a partir das 16 horas (horário de Brasília).
Cartas portuguesas, que tem como protagonista a irmã Mariana Alcoforado, estreou em agosto na temporada da Osesp, que a encomendou em parceria com a Fundação Gulbenkian.
A obra é baseada no texto da irmã Mariana, publicado pela primeira vez em 1669. As cartas trazem suas reflexões a respeito do amor e do sofrimento por ele causado: ela conheceu um oficial francês de passagem por Beja, em Portugal, mas ele logo voltou para casa, deixando-a sozinha.
“É uma ópera sobre a clausura”, explicou Ripper na época da estreia. Ele uniu o texto das cartas a passagens da Bíblia e textos do poeta barroco português Rodrigues Lobo. “As cartas falam de amor, melancolia, ódio, esperança. São temas recorrentes, que perpassam sua escrita. E eu senti a necessidade de incluir outros elementos para criar um sentido de evolução dramática para a narrativa”, explicou.
Carla Caramujo tem uma ligação importante com a obra de Ripper. Em setembro, foi lançada uma gravação da ópera Domitila com ela como protagonista e a participação do Toy Ensemble.
A transmissão pode ser acompanhada neste link. O programa do concerto inclui ainda a Sinfonia nº 2 de Beethoven.
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