O Theatro Municipal de São Paulo estreia nesta sexta-feira, dia 22, uma produção de A voz humana, ópera de Francis Poulenc baseada na peça de Jean Cocteau. A direção cênica é de André Heller-Lopes e a direção musical, de Alessandro Sangiorgi. No papel de Elle está a soprano Rosana Lamosa.
“Essa história de que é uma ópera curta, uma cantora só, que é tudo mais fácil... Nem perto disso”, diz Heller-Lopes. “É mais fácil dirigir Tosca ou Turandot”, brinca.
No palco, vemos Elle às voltas com uma ligação telefônica na qual conversa com o homem que ama, mas a trocou por outra mulher.
“Não há subterfúgios, não há distrações. O que temos é uma personagem que muda de um estado de alma para outro, ciúmes, paixão, alegria, tristeza. Tudo isso precisa estar presente em cena. E foi um prazer poder trabalhar a ópera com a Rosana.”
Para o diretor, apesar da menção ao suicídio durante a trama, o final da história sugere uma ideia de continuidade. “Todos nós já passamos pela dor do fim de uma relação. O que procurei explorar foi o que acontece depois. A vida, afinal, continua, segue.”
A voz humana é a segunda ópera do ano no Theatro Municipal, que já apresentou María de Buenos Aires, de Piazzolla, e no mês que vem encena The Rake’s Progress, de Stravinsky.
A princípio, a montagem seria seguida de Ópera aberta para soprano e halterofilista, de Gilberto Mendes, e da exibição do filme de Pedro Almodóvar inspirado na peça de Cocteau, que, no entanto, acabou cancelada. A obra de Mendes permanece no programa.
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