Sem explicitar papel dos musicais, Theatro São Pedro apresenta temporada 2020

por Redação CONCERTO 30/10/2019

Material informativo da Secretaria fala em “temporada maior e mais acessível” e inclui “dança, teatro, circo, moda, gastronomia, exposições, instalações, palestras e muito mais” na programação

A Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa anunciou oficialmente o projeto do Novo Theatro São Pedro, que será implementado a partir de 2020. “O planejamento artístico da casa agora expande o horizonte de sua programação, em busca de um diálogo ainda maior com o público amante da arte do Estado de São Paulo”, diz o comunicado, segundo o qual o teatro “abrirá suas portas para todos os públicos, com uma programação mais ativa e variada, abrangendo dança, teatro, circo, moda, gastronomia, exposições, instalações, palestras e muito mais”.

No domingo, o jornal O Estado de S. Paulo publicou matéria no qual informava que, a partir do próximo ano, a programação passará a ter não apenas óperas, mas também musicais, como West side story, de Leonard Bernstein. O material de divulgação, porém, não deixa claro o papel que o gênero terá a partir de agora, evitando o termo “musical”, que só aparece em referência aos projetos de formação ligados ao São Pedro: “Uma novidade será o Programa de Capacitação e Workshops para Cantores de Musical, que pega carona na nova programação de espetáculos do Theatro São Pedro e abre uma nova oportunidade de formação e profissionalização de jovens cantores”.

Além das séries lírica, sinfônica e de câmara, a programação “trará novidades, com uma programação que abrange também a música popular brasileira, transmissão ao vivo de espetáculos, um maior número de atividades com recursos de acessibilidade, uma série de conferências intitulada Talks Theatro São Pedro, e o programa de Ocupação Artística do Theatro São Pedro”. Editais de chamamento serão abertos para selecionar propostas artísticas para comporem a programação do ano. 

A temporada de espetáculos terá, como nos anos anteriores, quatro títulos. O primeiro, que estreia em abril e terá inéditas 30 récitas, é justamente uma montagem original de West Side Story, de Leonard Bernstein. A direção musical será de Cláudio Cruz e a direção artística de Charles Möeller e Cláudio Botelho.

A temporada lírica segue em agosto com Ariadne em Naxos, de Richard Strauss (1864-1949), que terá oito récitas. A direção musical é do regente alemão Felix Krieger, e a direção cênica do argentino Pablo Maritano. O título será protagonizado por Eiko Senda e terá ainda no elenco Eric Herrero, Giovanni Tristacci, Johnny França e Vinicius Atique.

Em setembro o São Pedro apresentará Capuletos e Montéquios, de Vincenzo Bellini (1801-1835), também em 8 récitas. Não há ainda a definição da direção musical, mas a direção cênica caberá a Antônio Araújo, fundador do Teatro da Vertigem. O elenco contará com as cantoras Denise de Freitas, que fará Romeu, e Carla Cottini no papel de Julieta.

A temporada se encerra em novembro com Porgy & Bess, de George Gershwin (1898-1937), que terá 25 récitas e direção cênica de Jorge Takla (regente e solistas a confirmar).

Sem maiores detalhes sobre maestros ou repertórios, o material informativo afirma que manterá a série sinfônica “com 8 concertos, quatro programas, cada um com duas apresentações”, tendo como foco o aniversário de 10 anos da Orquestra do Theatro São Pedro. O Theatro São Pedro fará uma homenagem aos 250 anos de Beethoven, com uma série de música de câmara que terá 30 concertos, além de 11 palestras gratuitas sobre o repertório do compositor. O teatro também promoverá um espetáculo da Orquestra Jovem com a São Paulo Companhia de Dança. 

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