Retrospectiva 2021: Samuel Mac Dowell de Figueiredo, diretor geral do Instituto Baía dos Vermelhos
Somente na era cristã, vivemos mais de 2 mil anos e conhecemos, em uma certa medida, o comportamento e as necessidades do ser humano. A pandemia da Covid-19, que não foi a primeira, nem a que mais matou pessoas, não tem a capacidade de alterar esse quadro fundamental ou definitivamente. As pessoas voltam às salas de concerto e demais situações e ambientes públicos porque isso corresponde a sua natureza. O fato, ainda assim, é que estamos enfrentando dois anos de grande dificuldade para as atividades em geral e, dentro disso, para as programações das salas de concerto. Foram realizados esforços e tomadas iniciativas diversas, como a aposta nos espetáculos on-line e nos concertos com público controlado. Essa redução de atividades poderia ter levado a algum esmaecimento, por assim dizer, da criatividade e da própria gana de produção. Entretanto, essa vontade continuou existindo e não foi destruída pela Covid.
Presenciamos nos palcos, no próprio curso da pandemia, momentos que traduzem esse poder do homem, do que são exemplos as produções de Maria de Buenos Aires, no Theatro Municipal, e da “Floresta Villa-Lobos”, na Sala São Paulo.
Isso me faz lembrar a performance que Denise Stoklos realizou no canteiro de obras do Teatro de Vermelhos, em 2015, antes da apresentação da São Paulo Companhia de Dança, naquele ambiente de construção, barro e ferro retorcido misturados com a mata Atlântica na chuva. Denise nos falou, naquele momento especial, do palco, da importância da criação de mais um palco e da sua relevância para o homem. Assim seguiremos, depois das variantes.
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