Festival Amazonas de Ópera não deve acontecer em 2024

Não há, até o momento, nenhum comunicado oficial do governo do Estado do Amazonas sobre um cancelamento; e-mails e questionamentos da Revista CONCERTO, porém, ficaram sem resposta

O Festival Amazonas de Ópera, FAO, um dos mais importantes eventos da música lírica latino-americana, não deve ser realizado em 2024. Normalmente programado para os meses de abril e maio, a edição deste ano seria a 26ª, após a grande realização do ano passado quando comemorou 25 edições.

Não há, até o momento, nenhum comunicado oficial do governo do Estado do Amazonas sobre um cancelamento. Porém, a Revista CONCERTO enviou e-mails para a secretaria da Cultura, para o setor de comunicação e para a produção do FAO, sem obter resposta. Questionados, Luiz Fernando Malheiro e Flavia Furtado, respectivamente diretor artístico e diretora executiva, não quiseram se manifestar.

A Revista CONCERTO apurou que já havia ocorrido um corte de verbas para a edição de 2024, obrigando a uma diminuição no número de títulos e uma reorganização de toda a programação. 

Como a abertura do FAO seria a pouco mais de um mês, a orquestra já está ensaiando e os cantores solistas convidados. A Revista CONCERTO soube, contudo, de solistas que já tinham sido avisados do cancelamento do Festival.

Ao término do festival do ano passado, o FAO antecipou a programação da edição de 2024, que teria: Simon Boccanegra, de Giuseppe Verdi, Lakmé, de Léo Delibes, Alma, de Claudio Santoro, Fedora, de Umberto Giordano e O afiador de facas, de Piero Schlochauer, além de um concerto “Gala Puccini”. Na ocasião, o secretário da Cultura Marcos Apolo Muniz afirmou que o planejamento antecipado de um ano, possibilitaria alçar voos mais altos para o festival: “Dessa forma, a gente permite que as pessoas que queiram conhecer o Amazonas, o teatro, a nossa cultura, possam se planejar para vir ao nosso estado. Além disso, a gente consegue prospectar mais apoio para que possamos ter uma cultura, acima de tudo fortalecida, com ainda mais geração de oportunidade e renda para os trabalhadores da cultura”.