Orquestra Petrobras Sinfônica toca Mahler e obra de Liduino Pitombeira na Sala São Paulo

Concerto faz parte da turnê 2023 da orquestra e terá regência do maestro Isaac Karabtchevsky

A Orquestra Petrobras Sinfônica, sediada no Rio de Janeiro, abre o ano sinfônico da Sala São Paulo na próxima sexta-feira, dia 3 de fevereiro. Sob regência de seu titular, o maestro Isaac Karabtchevsky, a Opes fará a estreia paulista da obra Redenção - Micro-poema sinfônico em quatro movimentos ininterruptos, op. 273, de Liduino Pitombeira, e interpretará a Sinfonia nº 1, Titã, de Gustav Mahler.

A peça de Pitombeiro, compositor cearense que é professor na UFRJ e membro da Academia Brasileira de Música, é uma encomenda da orquestra e estreou no ano passado no Rio de Janeiro. “A ideia central da composição é o fluxo que parte de um momento trágico que gradualmente se transforma em uma possibilidade de esperança e redenção. Essa metamorfose coordena todos os gestos em termos melódicos, harmônicos, rítmicos e texturais”, comenta o compositor. 

O concerto segue com a Sinfonia nº 1, Titã, do compositor austríaco Gustav Mahler, um dos grandes representantes do alto romantismo na música. A primeira versão da obra foi escrita entre os anos de 1887 e 1888 e estreada na Hungria em 1889 tendo o próprio compositor como regente. A obra não foi bem recebida, e Mahler fez diversas revisões até chegar, em 1896, à versão em 4 movimentos que conhecemos hoje.

“Independentemente das várias influências extramusicais que são atribuídas a Mahler e a sua Primeira sinfonia, as que prevalecem, e se mantêm através do tempo, são aquelas que provêm da própria construção da sinfonia, no limiar do século XVIII, até sua evolução plena com Beethoven, Brahms, Schumann e Bruckner”, afirma o maestro Isaac Karabtchevsky. “Acrescente-se, outrossim, a influência marcante de Wagner [...] para compreendermos o invólucro harmônico e estrutural da obra-prima de Mahler”, conclui.

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