Theatro São Pedro estreia montagem da ópera ‘Os sete pecados capitais’, de Kurt Weill

“As duas irmãs, aprendem a se reprimir, mas não para serem melhores pessoas, e sim, para poderem se vender melhor. É também uma ópera sobre empreendedorismo. Sobre essa espécie de estrutura de discurso moral que consiste em internalizar as dificuldades, como se o problema fôssemos sempre nós – e não a estrutura em que estamos inseridos.”

Assim o diretor Alexandre Dal Farra explica sua concepção para a ópera Os sete pecados capitais, de Kurt Weill e Bertolt Brecht, que estreia nesta sexta-feira, dia 5, no Theatro São Pedro, com direção musical do maestro Ira Levin. As demais récitas acontecem nos dias 6,7 10, 11, 12, 13 e 14 de novembro.

A obra narra a história de duas irmãs que deixam Memphis e partem em viagem pelos Estados Unidos em busca de dinheiro para construir uma casa para a família. A cada cena, se encontram em uma cidade diferente, que faz alusão a um dos pecados capitais.

“Os sete pecados capitais (Die sieben Todsünden) tem uma música que cruza de forma imaginativa e paródica gêneros populares e eruditos – da mesma forma que seu texto entrelaça mitologia grega, o Doppelgänger germânico e o imaginário da América. Tudo isso a serviço de uma acerba sátira político-social, em que a quantidade amealhada de dinheiro é o único critério de avaliação do comportamento moral”, escreve o jornalista Irineu Franco Perpetuo em texto sobre a obra, publicado na edição de novembro da Revista CONCERTO.

No elenco, estão Denise de Freitas, Gilda Nomacce, Paulo Mandarino, Daniel Umbelino e Anderson Barbosa.

Como prólogo, será apresentado o Concerto para violino de Weill, datado de 1924 e uma das últimas peças instrumentais escritas pelo compositor antes de se voltar ao teatro musical. O solista será o maestro e violinista Cláudio Cruz.

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